O acusado de atropelar e matar a servidora pública Juliana Marçal, o agroboy Diego Passos, continua foragido desde o dia 22, enquanto sua defesa tenta revogar o mandado de prisão expedido pela Justiça. O Ministério Público já se manifestou contrariamente ao pedido e o juiz responsável pelo caso deve tomar uma decisão ainda nesta terça-feira (2).
A possibilidade de Diego negociar os termos de sua apresentação tem revoltado familiares da vítima. Para o advogado Vandré Prado, primo de Juliana, é um insulto admitir que o acusado possa se apresentar à polícia apenas quando lhe for conveniente, especialmente condicionando isso à revogação da ordem de prisão. Ele afirmou que o mandado tem base legal e não se trata de uma decisão arbitrária ou infundada.
Prado também destacou que Diego, diferentemente de Juliana, terá oportunidade de se defender em juízo. Segundo ele, a impunidade começa a ser temida pela família, que espera maior empenho das forças de segurança na busca pelo paradeiro do acusado. “Localizar esse rapaz é o mínimo que se espera para acalmar uma família inteira que sofre”, avaliou o advogado.
Os familiares vêm tentando colaborar por conta própria com as buscas e apuram informações que consideram preocupantes. Uma delas aponta que Diego seria irmão de um policial, o que levanta suspeitas sobre possível apoio à fuga. O advogado declarou que ainda não há provas concretas, mas os indícios precisam ser investigados com rigor. Para ele, não importa a posição social ou profissional dos envolvidos: “uma vida foi tirada em circunstâncias criminosas”, disse.
Por fim, Prado enfatizou que Diego teve alternativas no momento do crime, mas optou por agir de forma letal contra uma pessoa inocente que apenas tentava apaziguar um conflito. Ele informou que pretende pedir que o acusado seja julgado pelo Tribunal do Júri.