Desempregado, desocupado ou desalentado? Use o conceito de maneira correta!

Olá, meus amigos! Estou passando aqui para trazer um assunto mais simples: toda vez que sai uma pesquisa oficial do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ou até outro instituto privado sobre o desemprego no Brasil ou em algum estado da federação, vejo que existe muita autoridade “política” de plantão, principalmente aqui do meu querido Acre, que já chega fazendo aquele barulho e apontando o dedo pra todo lado.

Por exemplo, foi noticiado em vários sites o seguinte: “Desemprego sobe para 16,8% no 1º trimestre e atinge 61 mil acreanos, aponta IBGE” (É a terceira maior taxa e o segundo maior contingente de desocupados já registrado pela série histórica do IBGE, iniciada em 2012. Número de subutilizados chegou a 171 mil pessoas) – por Iryá Rodrigues, G1 AC — Rio Branco – 28/05/2021 – 10h06.

Os conceitos mostram que os índices adotados são uma soma entre o desemprego aberto, o desemprego oculto pelo desalento e o desemprego oculto pelo trabalho precário. Será que realmente essa conclusão que muitos chegam está correta? Vamos lá! Para tirar essa dúvida, resolvi aprofundar o assunto e trazer as alterações da metodologia adotada por estes institutos e quais as principais diferenças entre uma coisa e outra, assim, podemos ver qual a forma correta de usar essa terminologia sem ser induzido ao erro.

É bom que se diga que essas alterações romperam com os padrões estabelecidos há mais de 20 anos. Conceitua-se pelo IBGE, que é seguido pelos demais:

Aos desocupados – o Instituto não pergunta mais se o entrevistado procurou por emprego apenas na última semana, mas estende a pergunta para o último mês. Antes, quem não havia procurado por emprego na semana anterior à da pesquisa era considerado inativo, e não desempregado.

Aos desalentados – o Instituto classifica como aqueles que deixaram de procurar um emprego no mês de referência da pesquisa, mas que procuraram por emprego nos últimos seis meses anteriores.

O IBGE estabelece também três categorias principais, medidas por sua Pesquisa Mensal de Emprego (PME):

Empregados (categoria em que se inclui aqueles que têm ou não carteira assinada, que são os trabalhadores por conta própria, empregadores e trabalhadores não remunerados);

Desocupados (aqueles que procuraram trabalho nos últimos 30 dias); e

Inativos (aqueles que não procuraram trabalho nos últimos 30 dias).

Assim, pode-se dizer que os desalentados são trabalhadores em situação precária, entretanto, continuarão integrando o grupo de inativos, mas não sendo considerados como desocupados.

O bom é que está havendo um consenso entre os principais institutos de pesquisas sobre a medição nacional do desemprego no País que, a partir deste ano, o índice IBGE, por exemplo, passa a ser apurado com essa nova metodologia. Ou seja, não se soma o quantitativo de desocupados e desalentados para chegar ao número de desempregados em uma região.

Sou Jebert Nascimento, empresário, advogado, administrador e contador acreano

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