O Ministério da Economia divulgou neste domingo (11) uma nota contra o que classificou como uma “recente série de declarações infundadas sobre o atual cenário econômico” do Brasil. O texto vem após o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter criticado a situação do orçamento público.
“As declarações de que o Estado Brasileiro está ‘quebrado’ não são compatíveis com a realidade”, afirma o Ministério da Economia no início da nota, que ainda cita uma série de medidas tomadas pela pasta e de indicadores econômicos.
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Na sexta-feira (9), Lula afirmou em coletiva de imprensa que, assim que um relatório completo da equipe de transição estiver pronto, vai mostrar ao país “como está a situação de tudo” deixada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Lula ainda acrescentou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que prevê furo no teto de gastos para o pagamento de benefícios sociais em 2023, “não é para o governo Lula “, mas sim para “fazer o reparo no orçamento do presidente Bolsonaro”.
Na nota divulgada neste domingo, o Ministério da Economia afirma que a dívida bruta do governo deve fechar 2022 representando 74% do Produto Interno Bruto (PIB), e com superávit primário de R$ 23,4 bilhões. “Será o primeiro governo que encerra o mandato com endividamento em queda”, afirma a pasta.
O texto ainda mostra indicadores relacionados ao nível de endividamento, a compromissos com o funcionalismo público e à presença do governo federal no setor digital.
A pasta cita a pandemia de Covid-19 para justificar a falta de reajustes a funcionários públicos, mas afirma que Projeto de Lei Orçamentária de 2023 (PLOA) enviado ao Congresso “previu R$ 10,5 bilhões para reajustes dos servidores públicos do Poder Executivo”.
“Esses R$ 10,5 bilhões corresponderiam, de forma linear, a cerca de 5% de correção salarial. Em relação ao salário mínimo, o PLOA prevê uma alta nominal de 7,4% no salário mínimo. Com a desaceleração da inflação, portanto, prevê um ganho real do salário mínimo para 2023”, diz o Ministério da Economia.
Fonte: IG ECONOMIA