Coopercafé aponta clima, mas alta do café tem outros motivos

O presidente da Cooperativa de Produtores de Café do Vale do Juruá (Coopercafé), Jonas Lima, apontou as mudanças climáticas como o principal motivo para a alta nos preços do café no Brasil. Ele destacou que a produção nacional está sendo afetada pelas condições adversas, resultando em um desequilíbrio entre oferta e demanda, tanto no mercado interno quanto nas exportações.

“O mundo está enfrentando um problema climático, e a produção de café não está suprindo a necessidade dos consumidores. Além disso, o Brasil não possui estoque suficiente para atender à exportação e ao mercado interno. Por isso, vendemos esses preços mais altos”, afirmou Jonas Lima em entrevista ao portal Voz do Japiim.

Embora o impacto das mudanças climáticas seja inegável, especialistas do setor destacam que outros fatores também estão pressionando os preços. O aumento nos custos de produção, especialmente de insumos como fertilizantes e defensivos agrícolas, é uma das razões que têm pesado significativamente sobre o setor.

Além disso, o consumo global de café continua crescendo, com o Brasil exportando volumes recordes, o que reduz a oferta disponível no mercado interno. Dados recentes mostram que, em 2024, o preço do café moído para os consumidores brasileiros acumulou alta de quase 33% em 12 meses, e pacotes de 1 kg chegaram a custar, em média, R$ 48,57.

Outro fator relevante é a falta de infraestrutura adequada para lidar com estoques, especialmente em anos de colheitas menores devido ao clima. A alta no preço do café, portanto, é fruto de uma combinação de fatores climáticos, econômicos e logísticos, indo além do impacto das mudanças climáticas.

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