A comunidade de Ouro Preto, em Guajará, Amazonas, foi cenário de um triplo homicídio brutal na madrugada de terça-feira (22), chocando a região. Três homens foram mortos a tiros de espingarda, sendo dois deles, Miguel Cavalcante da Silva, de 53 anos, e Adair José da Silva Nascimento, de 45, encontrados na casa do assassino. O corpo da terceira vítima, Pedro Cavalcante da Silva, de 65 anos, irmão de Miguel, está desaparecido, supostamente jogado no Rio Juruá pelo autor do crime.

O criminoso, um seringueiro da região, foi preso em flagrante logo após os assassinatos. Sua identidade não foi revelada pelas autoridades, mas a frieza com que ele agiu e confessou chocou ainda mais. Após os homicídios, o autor enviou áudios para familiares das vítimas e divulgou nas redes sociais que aguardaria a chegada da polícia em casa. Nos áudios, ele relatou que “prepararia uma janta bem gostosa” enquanto esperava a prisão e mencionou que gostaria de ter levado os corpos para sua residência, onde os aguardaria “com os pés sobre eles”. Ele também afirmou que, se necessário, mataria outras pessoas que tentassem enfrentá-lo.

As investigações indicam que o seringueiro alegou ter agido em legítima defesa, afirmando que as vítimas tentaram invadir sua propriedade. O delegado de Guajará, Adenilson Carlos, responsável pelo caso, relatou que o criminoso não resistiu à prisão e agora aguarda a decisão judicial. “As vítimas foram alvejadas na cabeça com tiros de espingarda à curta distância”, informou o delegado.

O Corpo de Bombeiros do Acre foi acionado para realizar buscas no Rio Juruá em busca do corpo de Pedro. Enquanto isso, a Polícia Civil do Amazonas continua investigando as circunstâncias e a real motivação do crime, que abalou a comunidade local.

O pai do assassino foi quem acionou a polícia, após receber os áudios perturbadores do próprio filho, que confessava os assassinatos.