Na ausência de Emerson Jarude (NOVO), os três principais candidatos à prefeitura de Rio Branco — Jenilson Leite (PSB), Marcus Alexandre (MDB) e Tião Bocalom (PL) — participaram do último debate eleitoral realizado pela Rede Amazônica, afiliada da TV Globo, nesta quinta-feira (3). A poucos dias das eleições municipais, o debate não trouxe grandes novidades em relação aos anteriores, mas manteve o clima de troca de acusações e “alfinetadas” entre os candidatos, que também aproveitaram para destacar algumas das principais propostas de seus planos de governo para o período de 2025-2028.
Troca de críticas marca o 1º bloco
Mediado pelo jornalista Fabiano Villela, o debate teve início com Jenilson Leite questionando o prefeito Tião Bocalom sobre a possibilidade de abandonar o cargo caso seja reeleito, mencionando desafios enfrentados na gestão atual, como as enchentes e a pandemia. Bocalom destacou suas conquistas, como a melhoria de infraestrutura e a reorganização administrativa da prefeitura, enquanto Jenilson criticou o que considerou promessas não cumpridas, como a falta de melhorias no transporte coletivo. Em contrapartida, Jenilson prometeu um plano voltado à saúde da mulher, com a criação de um Centro Especializado de Saúde da Mulher.
Marcus Alexandre, por sua vez, iniciou sua fala lamentando a ausência de Emerson Jarude no debate e voltou a criticar a atual gestão por não cumprir promessas, como a construção de casas populares e melhorias no abastecimento de água. Ele também apresentou propostas para reativar a construção civil e a infraestrutura urbana, destacando sua experiência na área durante sua gestão anterior.
Discussões sobre infraestrutura e agricultura dominam 2º bloco
No segundo bloco, os embates entre os candidatos se intensificaram. Marcus Alexandre e Bocalom trocaram acusações sobre projetos habitacionais e investimentos em infraestrutura. Bocalom defendeu o programa “Minha Dignidade”, destacando a construção de novas casas e melhorias nos bairros, enquanto Marcus criticou a falta de entregas concretas e questionou o destino dos recursos destinados à construção de moradias.
A agricultura também foi tema de debate. Marcus questionou as ações de Bocalom na zona rural, afirmando que muitos ramais continuam sem acesso adequado, o que prejudica a produção e o escoamento agrícola. Bocalom, por outro lado, destacou os avanços feitos em sua gestão, como a mecanização agrícola e a recuperação de quilômetros de ramais.
Saúde, transporte e meio ambiente no foco do 3º bloco
No terceiro bloco, o tema da saúde foi abordado por Jenilson, que apresentou propostas como a ampliação do horário de atendimento nas unidades de saúde e a criação de um centro especializado no atendimento infantil. Bocalom respondeu destacando as reformas e construções de novas unidades de saúde em seu mandato, além da contratação de profissionais da área.
O transporte público foi outro tema de destaque, com críticas de Jenilson ao atual sistema. O candidato do PSB apontou a falta de ônibus e de uma infraestrutura adequada. Bocalom defendeu sua gestão, mencionando a redução no valor da passagem e melhorias na transparência do sistema de transporte.
No tema ambiental, Jenilson criticou a qualidade do ar e a ocorrência de queimadas em Rio Branco, atribuindo parte do problema à falta de ações do governo municipal. Bocalom afirmou que sua gestão tem combatido queimadas na área rural com programas de mecanização agrícola, reduzindo a necessidade de queimadas para limpeza de terrenos.
Conclusão: críticas e promessas para o futuro
O debate terminou com as considerações finais dos candidatos, que aproveitaram para pedir votos e reafirmar suas propostas. Apesar do tom acalorado em diversos momentos, as discussões foram marcadas pela troca de críticas sobre promessas de campanha e a gestão atual, com foco nas áreas de infraestrutura, saúde, habitação e meio ambiente. As eleições municipais em Rio Branco prometem uma disputa acirrada, com os candidatos se posicionando como alternativas para a próxima gestão da cidade.