No Acre, o café tem se mostrado muito mais do que uma cultura agrícola: é um motor de transformação social e econômica para pequenos produtores. Com um crescimento expressivo nos últimos anos, o grão vem possibilitando que famílias rurais ampliem sua renda e transformem a própria realidade no campo, mostrando que o cultivo de qualidade pode abrir portas e gerar novas oportunidades.

O governo do Estado tem oferecido todos os mecanismos necessários para fortalecer a produção do fruto cafeeiro. Ao garantir apoio aos pequenos produtores, a Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) contribui para o desenvolvimento do setor e assegura perspectivas de um futuro mais promissor.
Graças a iniciativas como essa, centenas de histórias de superação são vividas todos os dias. O poder público, em parceria com diferentes atores, tem transformado gradualmente a realidade dos pequenos produtores em todo o território, intensificando cada vez mais o trabalho no campo.
Aos 24 anos, Gabriele Tavares viu sua vida dar uma reviravolta ao se consagrar como dona do 9º melhor café do Acre, resultado obtido no Qualicafé 2025. Com um início pouco promissor e sem os recursos necessários, ela enfrentou diversos desafios, mas tudo mudou quando a Seagri passou a apoiá-la.
Antes de se dedicar integralmente ao campo, Gabriele trabalhava como cuidadora de idosos para ajudar a complementar a renda da família. Com a chegada de uma gravidez, precisou se afastar dessa atividade e, nesse momento, tomou a decisão que mudaria o rumo de sua vida.

“Junto com meu pai, comecei a plantar, e nós pagávamos diárias a outras pessoas para nos ajudar. Foi muito difícil. Tínhamos uma base de inspiração, porque vimos pessoas próximas conseguindo ter uma boa plantação de café, como minha irmã e meu cunhado, que têm uma lavoura em Porto Acre. Também contamos com o incentivo de amigos para começar”, conta.
Já na primeira safra, a família Tavares colheu um total de 22 sacas de café. Além disso, participou da 3ª edição do concurso Qualicafé, conquistando a 9ª colocação entre os 15 melhores produtores do estado. Gabriele relembra o momento como um dos mais marcantes de sua vida.
“Passei um ano irrigando o café manualmente, jamais esperava ficar entre os 15 melhores. Tivemos muito apoio do governo, por meio da Seagri, porque precisávamos de diversas ferramentas. O [José Luis] Tchê e a Michelma Lima nos proporcionaram tudo”, afirma. Ela destaca ainda que o incentivo é contínuo: “Até hoje, eles continuam nos ajudando e auxiliando com o que precisamos.”

Acre na Semana Internacional do Café
Entre os dias 5 e 7, Belo Horizonte (MG) será a capital da cafeicultura no Brasil. A Semana Internacional do Café (SIC) já se consolidou no calendário anual do agronegócio nacional e representa um dos momentos mais importantes para o setor.
Produtores acreanos irão marcar presença durante os três dias de evento no estande Robustas Amazônicos do Acre. Por meio de uma parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a gestão estadual possibilita a participação de 16 cafeicultores, sendo 15 finalistas da 3ª edição do Qualicafé.

Gabriele Tavares faz parte do grupo que irá participar da SIC. Essa será sua primeira viagem de avião e, segundo ela, as expectativas são as melhores e espera ampliar o potencial de sua lavoura e conquistar reconhecimento internacional para, no futuro, exportar seu café para diversas partes do mundo.
“Para mim, é um sonho realizado. Estou muito ansiosa para conhecer outros cafeicultores e para que eles conheçam o nosso café também. Com isso, surgem mais oportunidades de exportar nosso produto e ser reconhecido. A cada dia, eu aprendo ainda mais”, frisa.
O titular da Seagri, José Luis Tchê, ressalta que nenhum projeto é executado sem a participação ativa dos produtores, que são envolvidos desde o início dos debates. Dessa forma, o governo garante que tenham um protagonismo significativo nas decisões.
“Na SIC, eles adquirem experiência, trocam informações com outros produtores, conversam com compradores e começam a entender como o processo realmente funciona e como podem agregar valor aos seus produtos. Quanto mais os levamos para ver de perto, mais diferente eles voltam. Tenho certeza de que isso vai transformando a vida deles no campo”, ressalta Tchê.

Além disso, o secretário ressalta que uma das principais políticas do governo Gladson Camelí é transformar a vida das pessoas e garantir dignidade a quem produz, e que o café veio para reafirmar esse trabalho: “Quem ganha mesmo é o nosso estado, porque melhora a qualidade de vida dos produtores e das produtoras rurais.”
Sentimento de gratidão
Meses após deixar o trabalho para se dedicar à produção de café, Gabriele ainda não acredita nas conquistas que já alcançou por meio dos pequenos grãos. Mesmo com muito trabalho pela frente, ela afirma que não irá parar e que este é apenas o início de uma grande história.

A jovem reconhece, ainda, a importância do apoio oferecido pelo Estado e demonstra forte sentimento de gratidão à equipe da Seagri, que de alguma forma contribuiu para que ela alcançasse seus objetivos e realizasse seus sonhos. Para o futuro, Gabriele espera ainda mais conquistas.
“Só tenho a agradecer, porque, para um pequeno agricultor, receber apoio da secretaria, do Tchê e de outras pessoas que estão por trás de tudo isso é muito importante. Eles estão ajudando com recursos, adubo e máquinas, que também disponibilizam para nossas terras. Isso é ótimo”, completa.
