O governo já faz as contas dos ganhos que a retomada da compra de carne de frango brasileiro pela China poderá propiciar às exportações do setor. Pequim suspendeu o embargo ao Brasil após quase seis meses.

Nesta sexta-feira (7), agência alfandegária chinesa divulgou um comunicado sobre a revogação da proibição com efeito imediato “com base nos resultados da análise de risco”.

Com isso, a partir de agora, todos os estados brasileiros que estão habilitados podem voltar a exportar o produto normalmente. No Ministério da Agricultura, segundo fontes, a expectativa é que ao menos 600 mil toneladas de carne de frango sejam enviadas à China em 2026.

Os chineses representam um dos principais mercados do produto, em especial para cortes da carne de frango como sobrecoxa, asa e pé. Antes do embargo, a China representava cerca de 12% do total das exportações brasileiras do produto.

Em 2024, o Brasil exportou 561 mil toneladas de carne de frango para a China, totalizando US$ 1,288 bilhão em vendas externas. Agora, o governo brasileiro espera aumentar esses números em cerca de 10%.

Segundo o Ministério da Agricultura, o Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo, responsável por cerca de 35% do mercado global.

A suspensão temporária das exportações havia sido adotada pela China em maio, após a confirmação do primeiro caso de influenza aviária em uma granja comercial do Brasil, em Montenegro (RS).

Mas, desde junho, o país havia reconquistado o status de país livre de influenza aviária e aguardava a liberação da China para voltar a vender a carne de frango.