Bocalom é eleito com 62% dos votos: “Vamos trabalhar com resultados”

Tião Bocalom (Progressistas) foi eleito com 62,93% dos votos, contra 37,07% de Socorro Neri (PSB). Esses números confirmam o que as pesquisas de intenção de voto apontavam.  

Quem é o novo prefeito de Rio Branco

Bocalom é natural do Paraná. É casado com dona Bete Bocalom. Perdeu um filho de 2 anos de idade, mas se diz abençoado com três netas de sua filha Luciana e do genro Josivan.

Foi prefeito do município de Acrelândia por três vezes, a única cidade projetada do Acre. Durante sua gestão recebeu diversos prêmios, entre eles o de “Prefeito Empreendedor” pelo Sebrae, tendo sido ainda classificado entre os 20 melhores do Brasil com o Prêmio “Melhores Práticas”, promovido pela Caixa Econômica Federal e ONU (Organização das Nações Unidas).

Entre suas principais realizações como prefeito, Bocalom implantou o primeiro distrito industrial do interior do Acre, posicionando Acrelândia no topo do ranking de empregos gerados no estado, entre o período de 2001 a 2005. Nesse período, o crescimento do município foi de aproximadamente 174%, enquanto Rio Branco atingiu, no mesmo período, apenas 12% (Firjan). Conseguiu, ainda, posicionar o município como o maior produtor de café, banana e leite.

Na área da Educação, foi o pioneiro na Amazônia em transporte escolar gratuito, com o projeto Escola Rural Centralizada, mais tarde adotado pelo Ministério da Educação com o nome de Escola Rural Nucleada.  

Leia a seguir os principais trechos de uma entrevista exclusiva com o prefeito eleito de Rio Branco:

Ataques e fake news

“Essa campanha foi de nível elevado no primeiro turno. Mas nesse segundo turno foi muito clara a situação de baixaria. O que se viu foi isso: eles criaram muitas fake news, como o caso de uma mulher que disse [nas redes sociais] que nem Deus tiraria a vitória de Bocalom no segundo turno. Fomos atrás e vimos que o perfil não existe, que tinha sido criado pra que eles pudessem vir pra cima da gente. Fico triste em saber que a professora Socorro (Neri), que é minha amiga pessoal de muitos anos, tenha se sujeitado a isso. Até acho que não partiu dela, mas do grupo que está com ela. Um grupo de comunistas. E ela acabou pegando corda e chegou inclusive a dizer que eu parei no tempo, que não me preparei, que ela enquanto isso foi fazer doutorado. Mas esse tipo de comportamento não vem de agora. Em outras eleições também fui vítima das mentiras da esquerda. Mas o grande juiz de tudo isso é o povo. E o povo deu a resposta.

‘Novo Bocalom?’

“Não tem nada de repaginado, Bocalom é o mesmo. Eu não sou cameleão. O que acontece é que não sou idiota. Até 2018, nós lutávamos contra um modelo de desenvolvimento [Florestania]. Derrotamos esse modelo em 2018 e não havia motivo para usar o mesmo discurso contra o PT. Mas continuo a mesma pessoa.

Grande aliança no 2º turno

“Nunca compactuei com a política do toma lá dá cá. Talvez por isso nós demoramos a chegar. Mas chegamos. E agora a gente vai mostrar que não é bem essa relação que queremos, é a relação que mais abomino, porque com ela você não consegue trabalhar. Já quero começar essa relação com a Câmara de Vereadores. Eles são independentes. E eu quero que a Câmara seja independente. Não quero a Câmara subjugada ao Executivo. Por isso não vou participar em momento nenhum da eleição da Mesa Diretora. Quem virar presidente ou secretário, problema deles lá. Eu quero só que eles cumpram a finalidade deles, que é fiscalizar, indicar os projetos que cada vereador tem. Que apresentem as suas demandas. E a nossa função é se, eventualmente, for denunciado, averiguar e sanar o problema. Todos que aderiram à nossa campanha no segundo turno vieram sem pedir absolutamente nada”.

Governabilidade

“A governabilidade virá em função do nosso comportamento no Executivo: de ser transparente, de gastar bem o dinheiro público, de fazer o máximo com o mínimo de despesa, de organizar a máquina pública, de apoiar a iniciativa privada para que ela gere emprego e renda. Com resultados, não terá vereador contra nós”.

Divisão de cargos

“Vou nomear quem eu achar que deve ser nomeado. Não vou nomear porque A, B ou C pediu pra nomear. Não faço balcão de negócios. Vai trabalhar comigo quem tiver capacidade técnica – e política também. Se tiver as duas coisas, melhor. Vou trabalhar com resultados. Eu vim da iniciativa privada e foi assim que trabalhei em Acrelândia: com resultados”.     

Gostou deste artigo?

Facebook
Twitter
Linkedin
WhatsApp

© COPYRIGHT O ACRE AGORA.COM – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. SITE DESENVOLVIDO POR R&D – DESIGN GRÁFICO E WEB