Na última sexta-feira (8), um cenário de incerteza e preocupação tomou conta de mais de mil servidores terceirizados da empresa JWC, quando foram surpreendidos com a notícia de que seus salários poderiam estar em perigo devido a um atraso no repasse financeiro por parte do governo.
A revelação dessa situação angustiante veio à tona no sábado, quando a equipe do jornal local ac24horas teve acesso a informações detalhadas sobre o problema.
Conforme um comunicado obtido, representantes da empresa JWC alegaram que o governo tinha até o dia 6 de outubro para efetuar o repasse financeiro, que seria destinado ao pagamento dos salários dos funcionários, bem como ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) do mês.
Além disso, o comunicado destacou uma questão adicional preocupante: a defasagem na repactuação financeira, que permanece sem revisão há anos. A empresa também alegou que, devido a empréstimos, parcelamentos e negociações em curso com fornecedores, entre outros fatores, que precisam ser gerenciados praticamente todos os meses, não terá condições de cumprir com os pagamentos de mais de mil trabalhadores. O representante explicou: “Não é por vontade própria, mas sim porque chegamos ao limite máximo de nossa capacidade financeira e econômica.”
O empresário da JWC, Jebert Nascimento, confirmou o atraso no repasse e ressaltou que essa situação afeta também outras empresas terceirizadas. Ele atribuiu a crise financeira como o principal motivo do atraso e expressou preocupação com o impacto, alegando que a crise deve afetar mais de 5 mil trabalhadores terceirizados.
Jebert destacou ainda que a gestão justificou o atraso com base na crise financeira, incluindo restrições orçamentárias devido ao repasse ao Estado, além da ausência de revisão nos contratos que permanecem sem ajustes nos valores anuais há mais de três anos. A empresa está solicitando uma revisão anual que ainda não foi concedida.