Em um seminário promovido pelo Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças nesta quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025, o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, expressou preocupações sobre a economia brasileira, comparando-a a um “paciente na UTI”. Ele destacou que a curva de juros está em níveis elevados e que a relação dívida/PIB está aumentando rapidamente, indicando sintomas graves na economia. Fraga enfatizou que o Banco Central necessita de suporte, especialmente na área fiscal, para enfrentar esses desafios.

Dirigindo-se a Gabriel Galípolo, atual presidente do Banco Central, Fraga sugeriu que, devido à sua proximidade com as altas autoridades do país, Galípolo poderia persuadir o governo sobre a inexistência de soluções mágicas para os problemas econômicos. Ele reconheceu os avanços recentes, como a redução do desemprego, mas alertou que o período favorável está chegando ao fim e que ajustes são necessários.

Em resposta, Galípolo reconheceu os desafios mencionados por Fraga e afirmou que o Banco Central possui as ferramentas necessárias para implementar uma política monetária restritiva visando controlar a inflação. Ele ressaltou a importância de um diálogo abrangente que envolva a sociedade e os poderes constituídos para abordar as questões fiscais e econômicas do país.