Aliados de Ernesto Araújo avaliam que o chanceler foi abandonado à própria sorte , na última quarta-feira, em uma sabatina no plenário do Senado, ao falar sobre a compra de vacinas e insumos para a fabricação de imunizantes contra a Covid-19.
Segundo interlocutores próximos a Araújo, a Secretaria de Governo, que tem à frente o ministro Luiz Eduardo Ramos, “dormiu no ponto”.
Durante a sessão, a grande maioria dos senadores presentes pediu a demissão do chanceler de Jair Bolsonaro, por considerar que sua atuação junto a outros países para trazer vacinas para o Brasil foi desastrosa.
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Ernesto Araújo ouviu por mais de cinco horas que deveria deixar o Itamaraty e ninguém da bancada do governo o ajudou.
No mesmo dia, na parte da manhã, Araújo participou de uma audiência pública da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, quando falou sobre o assunto bem mais à vontade.
Defensores do governo, incluindo o filho do presidente da República, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), destacaram como positiva a atuação do chanceler e ninguém pediu sua cabeça explicitamente, como aconteceu no Senado, em uma sessão que começou no meio da tarde.