A agência regulatória de saúde nos EUA (FDA, na sigla em inglês) autorizou a vacina Covid-19 da Pfizer para uso emergencial, segundo fontes que tiveram conhecimento da decisão que falaram ao New York Times sob condição de anonimato, porque não estavam autorizadas a discuti-la. A ação significa que milhões de pessoas altamente vulneráveis começarão a receber a vacina dentro de alguns dias.
A autorização é um marco histórico em uma pandemia que ceifou mais de 290.000 vidas nos Estados Unidos. Com a decisão, os Estados Unidos se tornam o sexto país – além de Reino Unido, Bahrein, Canadá, Arábia Saudita e México – a liberar a vacina. Outras autorizações, inclusive da União Europeia, são esperadas dentro de semanas.
A autorização desencadeou um complicado esforço que envolve a Pfizer, empresas de transporte privado, oficiais de saúde estaduais e locais, militares, hospitais e redes de farmácia para obterem o mais rápidamente possível o primeiro lote com cerca de três milhões de doses que serão aplicados em profissionais de saúde e residentes de lares de idosos.
A Pfizer tem um acordo com o governo dos Estados Unidos para fornecer 100 milhões de doses da vacina até março de 2021.
Cada estado, junto com seis grandes cidades, enviou ao governo federal uma lista de locais — a maioria hospitais — para onde a vacina será enviada inicialmente. Na populosa Flórida, os primeiros destinatários serão cinco hospitais, em Jacksonville, Miami, Orlando, Tampa e Hollywood. Na pequena e rural Vermont, apenas o Centro Médico da Universidade de Vermont e um depósito estadual receberão suprimentos.
No Brasil, o Ministério da Saúde assinou, na última quarta-feira, um memorando de entendimento com a Pfizer para aquisição de 70 milhões de doses. O memorando é uma fase prévia à compra da vacina. O cronograma estabelece a chegada de 8,5 milhões de doses no primeiro semestre de 2021 e 61,5 milhões no segundo semestre.