A Justiça do Acre decidiu manter a prisão preventiva de Jairton Silveira Bezerra, de 45 anos, acusado de matar a ex-esposa, Paula Gomes da Costa, com oito golpes de faca. O crime aconteceu em outubro de 2024, no bairro Alto Alegre, em Rio Branco, e foi presenciado pela filha do casal, que tinha apenas 7 anos na época.

A decisão foi tomada pelo juiz Alesson Braz, da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar, durante a revisão periódica do caso. Segundo o magistrado, não houve qualquer mudança relevante que justificasse a soltura do réu, que continuará preso enquanto aguarda julgamento. A próxima reavaliação da prisão deve acontecer dentro de 90 dias.

O crime

O assassinato aconteceu no dia 27 de outubro, uma semana antes de Jairton se entregar à polícia. De acordo com a investigação, Paula e a filha haviam passado o dia na casa do ex-sogro. Ao retornarem para casa, a mulher foi surpreendida por Jairton, que atacou a ex-companheira na frente da criança e do pai dele.

A vítima foi golpeada diversas vezes na região do abdômen e morreu ainda no local. Informações da família e da polícia indicam que o casal estava separado há cerca de três meses, mas o homem não aceitava o fim do relacionamento e pressionava para uma reconciliação.

Após o crime, Jairton colocou a filha no carro e fugiu, o que mobilizou equipes das forças de segurança em toda a capital. O veículo dele chegou a ser visto no Segundo Distrito de Rio Branco, mas não se sabe ao certo se a menina ainda estava com ele naquele momento.

No dia 6 de novembro, ele se apresentou à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), acompanhado de um advogado, e foi preso.

Processo

Além de manter a prisão, o juiz também recebeu um recurso apresentado pela defesa contra a sentença de pronúncia, que confirma que o réu será julgado pelo Tribunal do Júri. A defesa tenta retirar algumas das qualificadoras incluídas na denúncia do Ministério Público, o que pode diminuir a pena em caso de condenação. Ainda não há data marcada para o julgamento desse recurso pelo Tribunal de Justiça do Acre.