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A atividade policial, fundamental para a manutenção da ordem pública e a segurança da sociedade, muitas vezes é alvo de críticas e desinformação. Um dos problemas enfrentados pelos policiais é o excesso de carga horária e a convocação inesperada para operações, sem a devida valorização de seu trabalho e bem-estar.
Os policiais são profissionais que se dedicam diariamente ao serviço público, colocando suas vidas em risco para proteger a sociedade. No entanto, é importante destacar que eles também têm direitos e necessitam de condições adequadas para exercerem suas funções com eficiência e segurança.
Um dos principais desafios enfrentados pelos policiais é o longo período de trabalho semanal, muitas vezes ultrapassando as horas estipuladas por lei. Além disso, eles podem ser convocados para operações de última hora, recebendo a notificação através de aplicativos de mensagens, como se estivessem disponíveis a qualquer momento. Essa prática não apenas desrespeita a vida pessoal desses profissionais, mas também compromete sua saúde mental, física e emocional.
A falta de pagamento de horas extras ou a compensação devido a essas convocações repentinas é uma questão que precisa ser abordada. Muitos policiais não recebem o devido reconhecimento pelo trabalho extra realizado, resultando em uma sobrecarga de responsabilidades sem uma contrapartida justa. Isso não apenas fere os direitos trabalhistas desses profissionais, mas também afeta negativamente sua qualidade de vida e motivação no trabalho.
Ademais, é importante ressaltar que o tratamento inadequado e a falta de cuidado com as palavras utilizadas por superiores hierárquicos podem levar à suposta tipificação de condutas de assédio moral e abuso de autoridade. Tais práticas são inaceitáveis e configuram crimes contra a saúde mental, física, higiene e segurança dos próprios policiais. Para garantir um ambiente de trabalho saudável e respeitoso, é fundamental que essas situações sejam denunciadas e combatidas.
Uma solução para essa problemática pode ser a atuação de associações e sindicatos que representem os interesses dos policiais. Essas entidades podem auxiliar na defesa dos direitos desses profissionais, negociando melhores condições de trabalho, remuneração justa e garantias de segurança jurídica. Além disso, é essencial que políticos e legisladores estejam engajados nessa causa, promovendo a criação de leis que protejam os policiais e incentivem uma cultura de valorização e respeito pela profissão.
A atividade policial é essencial para a sociedade, mas isso não significa que os profissionais devam ser tratados como escravos. É necessário reconhecer o esforço e dedicação desses indivíduos, garantindo-lhes condições adequadas de trabalho, remuneração justa e respeito em todas as esferas da administração pública. A luta pela valorização e proteção dos policiais deve ser uma preocupação de toda a sociedade, a fim de assegurar um ambiente seguro e saudável tanto para os profissionais quanto para a população em geral.
*Adriano Marques de Almeida é Comissário de Polícia Penal do Estado do Acre, Membro da Associação Internacional de Polícia – IPA, Doutorando em Ciências Jurídicas pela Faculdade do Museu Social da Argentina, Master of Business Administration – MBA em Diplomacia, Políticas Públicas e Cooperação Internacional pela Faculdade Intervale, Master of Business Administration – MBA em Administração Pública pela Faculdade Facuminas, Master of Business Administration – MBA em Gestão de Educação a Distância pela Faculdade Facuminas, especialista em Crime Scene Ivestigation – CSI pela Faculdade Faculeste, especialista em Inteligência Policial, Direito, Segurança Pública e Organismo Policial pela Faculdade Iguaçu, cursando especialização em Direito Penal e Processual Penal com Habilitação em Docência no Ensino Superior pela Faculdade Facuminas e Bacharel em Direito pela Uninorte.