Em mais de 20 capitais do país e em pelos menos 1.300 municípios Brasil afora estão faltando vacinas para o reforço da segunda dose do imunizante CoronaVac, produzido pelo Instituto Butantan.
Com isso, pessoas de outros estados estão migrando para capitais como Rio Branco, no Acre, onde há estoque para a segunda dose. A ideia é não perder o prazo de 28 dias, recomendado na bula do medicamento.
A procura, por parte de pessoas de outros estados, já tem preocupado o secretário municipal de Saúde, Frank Lima, tendo em vista que as doses reservadas são para o público da capital acreana que já compõe o calendário do reforço da segunda dose.
“Se uma ou duas pessoas estão em trânsito viajando aqui pelo Acre e chegar o tempo de tomar a segunda dose, tudo bem, a gente vai vacinar. Mas se percebermos que há uma corrida de gente vinda de outras localidades para se vacinar aqui, tomaremos as medidas legais, para garantir os imunizantes para a nossa população que já foi vacinada com a primeira dose”, afirmou o secretário.
A escassez do imunizante Coronavac produzido pelo Instituto Butabtan está relacionada com a baixa quantidade do envio do antígeno IFA, produzido pela China, que é a matéria prima para fabricação das vacinas.
“Se outros estados e municípios não tiveram o cuidado de fazer essa reserva, paciência, o que nós não podemos é deixar os nossos idosos sem a vacina. As vacinas são distribuídas pelo Ministério da Saúde, de forma proporcional a cada município. Se eles não tiveram a responsabilidade de reservar a segunda dose, nós sim tivemos e não vamos permitir que quem foi vacinado aqui em Rio Branco fique sem se imunizar. Infelizmente, iremos ao Ministério Público se possível para encontrar uma solução para isso”, concluiu Lima.