Curso gratuito sobre M-CHAT qualificará profissionais para rastrear autismo no Acre

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, anuncia nesta sexta-feira (12) o lançamento do curso Aplicação da Escala M-CHAT no Rastreamento do Autismo, um passo fundamental na ampliação da capacidade de identificação precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA) no estado. As inscrições começam hoje e podem ser realizadas pelo link: bit.ly/telessaudeac.

A formação é resultado de uma parceria entre a Prefeitura de Rio Branco, por meio do Centro de Atendimento ao Autista – Mundo Azul, a Secretaria Estadual de Saúde do Acre e o Núcleo de Telessaúde da Universidade Federal do Acre. O curso nasce de um diagnóstico situacional realizado ao longo dos últimos anos, que identificou desafios importantes enfrentados pelas equipes da Atenção Primária no rastreio precoce do TEA.

Segundo a gestora do Centro de Atendimento ao Autista – Mundo Azul, Édila Sousa, a realidade observada na rede reforçou a urgência de uma capacitação específica para apoiar os profissionais que estão na linha de frente. “O levantamento realizado junto às equipes mostrou que muitas crianças chegam tardiamente ao diagnóstico por falta de padronização no rastreamento, o que compromete o acesso oportuno ao cuidado especializado”, afirmou.

Elaborado pelas neuropsicólogas da Prefeitura, Aphrica Dhanndara e D’artagnielly Rocha, o curso possui 30 horas de duração, é totalmente gratuito e oferecido na modalidade de Ensino a Distância (EAD). A estrutura contempla quatro módulos, com conteúdos teóricos e práticos sobre TEA, aplicação da Escala M-CHAT, fluxos e encaminhamentos adequados, além de materiais em e-book, videoaulas e vídeos de simulação.

A Escala M-CHAT, reconhecida pelo Ministério da Saúde e integrada à Caderneta da Criança, é atualmente uma das principais ferramentas para o rastreamento inicial de sinais sugestivos de autismo. Qualificar sua aplicação fortalece o fluxo de cuidado e garante maior precisão no encaminhamento das crianças para avaliação especializada.

O público-alvo inclui profissionais das áreas de saúde, educação e assistência social, como médicos, enfermeiros, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde e educadores.

Ao reforçar o compromisso institucional com a formação continuada e a melhoria do cuidado, a gestora Édila Sousa acrescenta: “Com esta capacitação, fortalecemos nossa rede e ampliamos a capacidade de identificar precocemente crianças que precisam de cuidado especializado, promovendo desenvolvimento e proteção integral”.

A iniciativa consolida o alinhamento entre município, estado e universidade em prol de uma política pública estruturada, capaz de qualificar o rastreamento do TEA e ampliar o acesso ao cuidado infantil no Acre.

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