Depois de oito meses consecutivos de crescimento, o mercado de trabalho acreano voltou a registrar desempenho negativo em outubro. O resultado aponta que os desligamentos superaram as contratações e mostram uma reversão na tendência que vinha sustentando o avanço do emprego formal no estado.
A maior parte dos setores produtivos apresentou perdas. O comércio, um dos pilares da economia local, terminou o mês praticamente no zero a zero, mas ainda no vermelho. A indústria também não conseguiu reagir e registrou redução no número de postos. A agropecuária seguiu a mesma trilha e teve queda proporcionalmente mais expressiva.
Entre todas as áreas analisadas, apenas a construção civil conseguiu criar vagas. Mesmo assim, o desempenho positivo do setor não foi suficiente para compensar o comportamento dos demais segmentos.
Os números municipais refletem a mesma dinâmica. Rio Branco, que concentra grande parte das oportunidades formais, fechou o mês com mais demissões que admissões. Cruzeiro do Sul repetiu o movimento, embora com impacto menor, enquanto cidades pequenas, como Capixaba, apresentaram retração proporcionalmente mais forte.
O recorte por gênero também mostra redução para homens e mulheres, indicando que a perda de vagas foi ampla entre os grupos.
Apesar do resultado negativo no Acre, o cenário regional aponta avanço. No Norte, o acumulado de outubro ficou positivo, com mais contratações do que desligamentos, indicando uma dinâmica distinta da observada no estado.