Aliados criticam e integrantes do PT e PCdoB no Acre comemoram prisão de Bolsonaro

A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocorrida na madrugada deste sábado (22), provocou forte repercussão entre lideranças políticas do Acre e mobilizou manifestações de apoiadores e opositores ao longo da manhã. Nas redes sociais, representantes da esquerda comemoraram a decisão do Supremo Tribunal Federal, enquanto aliados do ex-presidente classificaram o episódio como injusto e motivado por perseguição política.

Entre os primeiros a se manifestar esteve o vereador André Kamai (PT), que descreveu o episódio como “o dia que o Brasil esperava”, em referência ao desfecho da operação que levou ao cumprimento da prisão preventiva. A ex-deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) também reagiu e destacou um trecho da decisão do STF, que cita relatório do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal. O documento informa que houve violação do equipamento de monitoramento eletrônico usado por Bolsonaro às 0h08 de sábado. Ao comentar o caso, Perpétua escreveu que o ex-presidente teria tentado romper a tornozeleira para fugir.

Outro integrante da esquerda, Cesário Braga, ex-presidente do PT e superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário no Acre, afirmou que a ordem de prisão foi decretada “mais rápido do que esperavam”. As manifestações se somaram à onda de reações que se espalharam pelas redes sociais logo após a confirmação de que Bolsonaro havia sido levado sob custódia.

Do outro lado do espectro político, aliados do ex-presidente defenderam sua inocência e criticaram a decisão judicial. O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), afirmou que Bolsonaro é alvo de uma tentativa de silenciamento, mas que sua liderança continua “construída na fé, na família e nos valores que sustentam o país”. Em tom mais duro, Bocalom declarou que há um esforço para “matar politicamente” o ex-presidente, mas reforçou que apoiadores seguirão mobilizados.

O deputado federal Coronel Ulysses (União Brasil) também reagiu, classificando a prisão preventiva como uma medida sem base legal. Para ele, o caso representa “perseguição escancarada” e demonstra o uso político do sistema judicial contra um adversário.

O senador Márcio Bittar (PL), uma das principais vozes do bolsonarismo no estado, chamou o episódio de “a coisa mais perversa” que já testemunhou. Segundo ele, Bolsonaro estaria sendo eliminado por um crime que não cometeu e pagando um preço por enfrentar o sistema político. Em publicações anteriores, Bittar afirmou que o ex-presidente é um preso político e reforçou apoio público ao líder do PL.

A vice-governadora do Acre, Mailza Assis (PP), que é pré-candidata ao governo em 2026, também se posicionou. Para ela, a prisão é “injusta”, opinião que afirma ter como base sua avaliação positiva da gestão Bolsonaro.

A decisão do STF aponta que Bolsonaro teria descumprido medidas judiciais e representaria risco de fuga, fatores que, segundo o tribunal, justificaram a prisão preventiva. A repercussão deve se intensificar ao longo do dia, com mobilizações de apoiadores e manifestações contrárias surgindo em diferentes regiões do país.

Foto: Arthur Menescal/Bloomberg

Gostou deste artigo?

Facebook
Twitter
Linkedin
WhatsApp

© COPYRIGHT O ACRE AGORA.COM – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. SITE DESENVOLVIDO POR R&D – DESIGN GRÁFICO E WEB