A votação do chamado PL Antifacção expôs, mais uma vez, a unidade da bancada federal do Acre em torno de pautas de endurecimento penal. Enquanto o debate em Brasília foi marcado por pressões do Planalto, críticas ao relator e sucessivas alterações no texto, os parlamentares acreanos caminharam praticamente juntos.
O substitutivo apresentado por Guilherme Derrite, que já acumulava seis versões e vinha sendo alvo de resistência dentro do próprio governo, acabou aprovado por ampla margem: 370 votos a favor e 110 contra. No Acre, apenas a deputada Socorro Neri não registrou voto. Os demais — Antônia Lúcia, Coronel Ulysses, Eduardo Velloso, Meire Serafim, Roberto Duarte, Zé Adriano e Zezinho Barbary — apoiaram integralmente a proposta.
O projeto reforça mecanismos de combate às organizações criminosas, aumenta penas e cria novos tipos penais. Entre os pontos centrais está a possibilidade de punições que chegam a 40 anos para crimes relacionados ao comando ou atuação em facções, além de regras mais rígidas para a investigação e o tratamento de líderes dessas estruturas.
