A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu uma mulher por armazenar e vender canetas emagrecedoras de procedência ignorada, em Nilópolis, na Baixada Fluminense. Os agentes foram até o local para verificar a informação de que Maria Vanda Gonçalves do Nascimento Freitas aplicava clandestinamente doses de tirzepatida, princípio ativo do Mounjaro. Ao notar a presença dos policiais, Maria começou a arremessar as caixas brancas de isopor com o medicamento no quintal do vizinho. Como parte da equipe já estava nos fundos da residência, eles presenciaram a cena e efetuaram prisão em flagrante.
Na casa dela, foram encontrados vários frascos do medicamento e incontáveis seringas. Ela foi presa por crime contra a saúde pública por agentes da 57ª DP (Nilópolis).
De acordo com a polícia, a investigação segue com o objetivo de apurar a forma de aquisição do medicamento e identificar as demais pessoas participantes da cadeia criminosa.
Operação Mounjaro
Em junho, a Polícia Civil fez uma operação para reprimir uma organização criminosa voltada à importação e comercialização clandestina de medicamentos para emagrecer controlados. A investigação apura a entrada irregular de substâncias terapêuticas no território nacional, sem qualquer autorização dos órgãos reguladores, e também a venda dos produtos sem prescrição médica.
De acordo com a Polícia Civil, a importação ilegal e posterior venda dos medicamentos são consideradas graves e representam risco direto à saúde pública, uma vez que envolve produtos que exigem controle rigoroso de armazenamento, transporte e aplicação, além da indispensável prescrição por profissional habilitado. A atuação clandestina compromete a segurança dos consumidores e configura crime.
A Anvisa aprovou o uso do medicamento Mounjaro, da farmacêutica americana Lilly, para tratamento da obesidade e sobrepeso, no dia 9 de junho. Antes autorizado apenas para diabetes tipo 2, o remédio, à base de tirzepatida, passou a ser prescrito para perda de peso em pessoas com índice de massa corporal (IMC) acima de 30 kg/m², ou acima de 27 kg/m² com comorbidades.
A decisão amplia o uso das chamadas “canetas emagrecedoras”, grupo que já inclui Ozempic, Wegovy e Saxenda. O preço do Mounjaro varia entre R$ 1,7 mil e R$ 2,4 mil.
