O incidente com um ônibus da empresa Ricco Transportes, que teve o eixo traseiro arrancado na manhã desta terça-feira (4) na Via Chico Mendes, reacendeu a discussão sobre a situação do transporte coletivo em Rio Branco. O caso foi tema central da sessão da Câmara Municipal, onde vereadores cobraram providências urgentes da prefeitura e dos órgãos de fiscalização.
O vereador Eber Machado (MDB) foi um dos mais enfáticos nas críticas. Ele classificou a frota da Ricco como “velha e sucateada” e disse que os problemas mecânicos viraram rotina para quem depende dos ônibus. “Essa empresa já recebeu mais de R$ 200 milhões e continua oferecendo um serviço precário. O Ministério Público e o Tribunal de Contas precisam agir. O povo é quem sofre com a falta de coragem para encarar essa situação”, desabafou.
Na mesma linha, Aiache (PP) afirmou que o caso poderia ter terminado em tragédia. Para ele, a Câmara e o Executivo precisam agir de forma imediata para garantir a segurança dos usuários. “Imagine se esse ônibus atinge um motociclista ou uma criança. A população está cansada de ônibus quebrados e de pegar chuva dentro dos veículos. A cidade merece respeito”, destacou o parlamentar, pedindo que o novo projeto de licitação do transporte seja votado o quanto antes.
Já André Kamai (PT) lembrou que o mesmo ônibus envolvido no incidente já havia apresentado problemas anteriormente. “É o mesmo veículo que pegou fogo há pouco tempo. E o prefeito está em Brasília, como se o transporte estivesse resolvido. A população quer a licitação para que haja responsabilidade das empresas. Hoje, sequer existe um contrato regular”, criticou.
Os vereadores cobraram que o Executivo envie à Câmara o projeto que regulamenta a licitação do sistema de transporte coletivo, que está pendente há mais de quatro anos.
