O Acre vive um cenário paradoxal quando o assunto é alimentação. Embora o número de famílias com acesso regular a alimentos tenha crescido em 2024, os casos mais graves de fome aumentaram, segundo dados divulgados pelo IBGE.
A nova edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, que mede a segurança alimentar das famílias brasileiras, mostra que o total de lares acreanos com algum tipo de dificuldade para conseguir comida caiu de 84 mil em 2023 para 67 mil neste ano. Isso indica uma melhora no quadro geral.
Mas, por outro lado, o número de famílias que enfrentam a fome de forma severa subiu de 16 mil para 17 mil. Esses são os casos de insegurança alimentar grave, quando há falta de comida dentro de casa e a alimentação diária se torna incerta.
O levantamento também aponta redução nos níveis mais leves do problema. A insegurança alimentar leve, que ocorre quando há preocupação com a falta de alimentos, caiu de 53 mil para 37 mil domicílios. Já a insegurança moderada, quando a comida é insuficiente e há restrição alimentar, passou de 15 mil para 13 mil famílias.
No cenário nacional, o quadro é um pouco mais positivo. O Brasil registrou queda de 19,9% nos casos de fome grave, passando de 3,1 milhões de domicílios em 2023 para 2,5 milhões neste ano. Com isso, o número de lares em situação de segurança alimentar subiu de 72,4% para 75,8%.
