O Acre perdeu neste fim de semana uma de suas figuras culturais mais queridas. Raimundo Monteiro da Silva, o sanfoneiro Monteirinho, morreu aos 74 anos em Rio Branco, deixando um legado marcado pela música popular e pelo engajamento nas lutas sociais do estado.
Nascido no Seringal Cachoeira, em Xapuri, Monteirinho cresceu cercado pela floresta e pelo movimento dos seringueiros. Esteve ao lado de Chico Mendes e de outros líderes que lutaram por melhores condições de vida para as comunidades tradicionais. Ao mesmo tempo, construiu uma trajetória musical sólida, com destaque para o forró, o brega e composições que embalaram festas em seringais, colônias e cidades acreanas por mais de cinco décadas.
Carismático e sempre com a sanfona a tiracolo, Monteirinho se tornou conhecido pelo sorriso fácil e pelas letras que misturavam alegria, resistência e esperança — um retrato fiel da vida no interior e da força da cultura popular do Acre.
Em nota, o Partido dos Trabalhadores (PT) lamentou a morte e destacou que o estado perde “um militante histórico, um artista popular e, sobretudo, um amigo querido”. O legado do sanfoneiro permanece vivo na memória coletiva e nas canções que marcaram gerações.
O velório ocorre na capela 02 da Funerária São Francisco, na Rua Isaura Parente, bairro Bosque, em Rio Branco, a partir das 2h da manhã deste sábado (27).