Subsecretário de Trump sobre condenação de Bolsonaro: “Censura”

O subsecretário de Diplomacia Pública dos Estados Unidos, Darren Beattie, afirmou nesta sexta-feira (12/9) que a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) trata-se de “censura e perseguição de Moraes”. Além de Beattie, outros políticos ligados ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também repercutiram o julgamento da trama golpista.

A conta oficial do Gabinete do Subsecretário de Diplomacia Pública no X (antigo Twitter) divulgou uma nota dizendo que o julgamento de Bolsonaro “representa um novo marco fatídico no complexo de censura e perseguição do juiz Moraes, violador de direitos humanos sancionado”.

“Levamos esse acontecimento sombrio com a maior seriedade”, diz a publicação.

A reação do subsecretário de Trump vem após o Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria para condenar Bolsonaro e seus aliados no julgamento da trama golpista. O ex-presidente foi condenado a 27 anos.

A publicação de Beattie foi endossada pelo bolsonarista Paulo Figueiredo, foragido da Justiça brasileira que vive nos EUA e é considerado “braço direito” do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nas articulações junto ao governo Trump. Em outras situações, Figueiredo já “adiantou” retaliações do norte-americano contra o Brasil.

“Não percam a conta. Já tivemos manifestações duras do Secretário de Estado, do Vice-Secretário e agora do Subsecretário. Todos em tom de aviso do que virá. Isso sem contar o conselheiro político pessoal do presidente e inúmeros membros do Congresso dos EUA”, disse Figueiredo.

Recentemente, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, já havia dito, ao ser questionada sobre se o Brasil poderia ser alvo de novas retaliações norte-americanas após o julgamento de Bolsonaro, que os EUA poderiam usar forças militares para intervir, caso necessário.

Governo Trump X STF

O Governo do presidente dos EUA, Donald Trump, têm se mobilizado a propósito de garantir sanções a Moraes alegando que o ministro é um “abusador dos direitos humanos”. Atualmente, o magistrado é sancionado com base na Lei Magnitsky, que consiste no bloqueio de bens em qualquer jurisdição sob influência norte-americana. Operações financeiras em bancos dos EUA podem ser restringidas, por exemplo.

Além disso, oito ministros do STF, entre eles Moraes, tiveram seus vistos norte-americanos suspensos recentemente. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, também estão impedidos de viajar para os EUA.

“As perseguições políticas do violador de direitos humanos sancionado Alexandre de Moraes continuam, já que ele e outros membros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram injustamente prender o ex-presidente Jair Bolsonaro”, escreveu Rubio, nessa quinta.

Depois de articulações lideradas pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e pelo blogueiro Paulo Figueiredo, o governo Trump também anunciou uma taxa de 50% contra os produtos do Brasil — e usou o processo contra Bolsonaro como uma das justificativas.

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