Trump se diz “decepcionado” com Putin e ameaça taxar Rússia em 100%

Em reunião com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, nesta segunda-feira (14/7), o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que está “muito descontente” com a Rússia, além de “decepcionado” com o presidente Vladimir Putin, e fez uma ameaça: “Vamos aplicar tarifas muito severas [à Rússia] se não chegarmos a um acordo de paz [na guerra com a Ucrânia] em 50 dias”.

Tarifaço de Trump

  • Desde segunda-feira da semana passada, Trump tem notificado oficialmente os países sobre a implementação de tarifas unilaterais na importação de produtos e bens. Com as cartas para México e UE, 24 parceiros foram taxados.
  • O Brasil foi o maior prejudicado pela sanção comercial de Trump, com uma tarifa de 50%. O governo federal defendeu a soberania nacional e se mostrou aberto para negociar com os norte-americanos.
  • Todas as tarifas entram em vigor a partir de 1º de agosto.

O presidente norte-americano alegou que as “tarifas secundárias” serão de cerca de 100% caso não haja o cessar-fogo dentro do período estipulado. De acordo com ele, o mercado é “ótimo para resolver guerras” e que a Rússia deveria concentrar seus recursos no comércio, e não na guerra.

Trump também disse que fala bastante com Putin, descrevendo as conversas como muito agradáveis. Mas ele disse que a conversa não significa nada depois que mísseis russos começam a atingir cidades.

O presidente confirmou o que havia sido dito anteriormente: que armas de ponta seriam enviadas à Ucrânia em uma operação coordenada pela Otan.

Rutte descreveu o acordo como realmente grande, confirmando que as armas seriam pagas por nações europeias, uma decisão que o líder da aliança descreveu como “totalmente lógica”. O valor das armas chega a bilhões de dólares.

Trump também reforçou que essas armas serão custeados por integrantes da aliança militar, e não cidadãos americanos. Ele também não quis dizer até onde estaria disposto a ir em resposta, caso Putin intensifique a situação com os EUA.

“Nem me faça começar a falar sobre isso”, respondeu o presidente, acrescentando que quer “resolver a guerra”.

A decisão retoma as ajudas dos EUA a Kiev, que haviam sido interrompidas no início de julho, sob a preocupação com o declínio de seus próprios estoques de munição. O anúncio ocorreu em meio à intensificação dos ataques russos contra a Ucrânia.

Caminho para a paz

Mais cedo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se encontrou com o enviado especial dos Estados Unidos, Keith Kellogg. Segundo o ucraniano, ambos tiveram uma conversa “produtiva” sobre “o caminho para a paz” na guerra contra a Rússia. Zelensky havia pedido sanções contra a Rússia.

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