Caso Aurora: banho pode ter usado água a 57 °C, segundo investigação

O caso da recém-nascida Aurora segue sob investigação da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEMPCA), em Cruzeiro do Sul, no Acre. A bebê sofreu graves lesões na pele após um banho realizado na maternidade local, e a polícia trabalha com duas hipóteses: queimaduras provocadas por água excessivamente quente ou uma doença genética rara.

Testemunhas que presenciaram o momento do banho relataram que a água estava com temperatura elevada e, segundo alguns relatos, havia até vapor saindo da torneira. A própria mãe da criança teria alertado a equipe sobre o risco. A investigação aponta que o controle de temperatura era feito apenas com o dorso da mão ou o cotovelo, sem uso de termômetro. A água era fornecida por um chuveiro elétrico, não por sistema de boiler.

Laudo pericial indicou que a torneira pode atingir até 57°C, uma temperatura suficiente para causar queimaduras em poucos segundos, especialmente em recém-nascidos. Apesar disso, ainda não foi possível confirmar qual era a temperatura exata da água no momento do incidente.

Outra linha de apuração considera a possibilidade de Aurora ser portadora de epidermólise bolhosa, uma condição genética rara que causa extrema sensibilidade da pele. Um exame específico foi solicitado e aguarda resultado.

Antes do banho, Aurora havia recebido alta médica com atestado de saúde normal. A técnica de enfermagem que realizou o procedimento deverá prestar depoimento nos próximos dias.

A bebê, nascida prematura com 35 semanas, foi transferida para um centro especializado em Belo Horizonte (MG), onde permanece internada sob cuidados intensivos. As investigações seguem até que o caso seja totalmente esclarecido.

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