Produtores rurais protestam em frente à Aleac e denunciam abandono e repressão

Enquanto deputados estaduais realizavam mais uma sessão na Assembleia Legislativa, produtores rurais ocuparam a área externa do prédio para denunciar o que classificam como abandono e perseguição por parte do poder público.

Representando comunidades de diferentes municípios, os manifestantes reclamam da falta de apoio em questões como regularização fundiária, infraestrutura nos ramais e dificuldade para manter a produção diante das ações de fiscalização ambiental. Um dos participantes, o produtor Luiz Lazari, de Manoel Urbano, afirmou que o setor agropecuário está sendo pressionado sem receber a devida orientação do Estado.

“Não temos estrada, não temos como escoar produção, e ao mesmo tempo somos alvos de operações como a do ICMBio, que embargou minha área. Eu tentei conseguir licença, mas como não tenho o título da terra, nada andou”, relatou.

Segundo ele, o maior problema não está na fiscalização em si, mas na burocracia que impede os trabalhadores de se regularizarem.

Lazari contou que teve 100 hectares embargados por desmate sem licença.

“Você procura os órgãos, tenta fazer certo, mas não consegue. E quando chega a repressão, você é tratado como criminoso. É injusto”, desabafou.

Além da situação econômica, o produtor alertou para o impacto psicológico sofrido por quem vive no campo.

“Tem gente entrando em depressão, endividada, perdendo tudo. Conheço pessoas que chegaram ao ponto de tirar a própria vida”.

Emocionado, ele concluiu com um desabafo dizendo que os pequenos produtores lutam a vida toda, mas só recebem “pancadas”.

 ‘É uma tristeza que a gente carrega no peito todo dia”, finalizou.

Foto: Contilnet

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