A passagem do Acre de território a Estado brasileiro completa 62 anos neste sábado (15). A data marca um dos capítulos mais significativos da história acreana: a conquista da autonomia política em 1962, após quase seis décadas sob administração federal direta, sem governo próprio e sem representação plena no Congresso Nacional.
Durante o período como território, iniciado em 1904, o Acre foi governado por interventores indicados pelo presidente da República. A população vivia à margem das decisões políticas nacionais, com voz limitada e sem a estrutura de um estado federativo. A mudança veio por meio da Lei nº 4.070, sancionada em 15 de junho de 1962, que elevou o então Território Federal do Acre à condição de Estado da federação.
A conquista significou o direito de eleger governador, deputados estaduais e senadores, além de possibilitar maior autonomia administrativa, orçamentária e legislativa. O reconhecimento como Estado representou, para os acreanos, um avanço histórico no processo de integração ao restante do país.
Desde então, o Acre passou por profundas transformações. Se antes era lembrado apenas por sua importância estratégica e pela extração da borracha, com o tempo passou a investir em políticas públicas, educação, infraestrutura e diversificação econômica. A luta por reconhecimento político se converteu em esforços por desenvolvimento sustentável e identidade regional.
Para muitos historiadores, a data simboliza não apenas uma mudança administrativa, mas o despertar de uma consciência cívica. O 15 de junho é hoje celebrado como marco da cidadania acreana.