O Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) aponta que o governo estadual deve cerca de R$ 700 mil referentes a pagamentos cortados em 2024 e 2025. Desse total, R$ 400 mil já foram reconhecidos em processos movidos pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) durante a contestação da greve — recursos vinculados a contratos encerrados e convertidos em créditos a receber.
Além disso, há cerca de 200 ações administrativas em andamento, nas quais os profissionais pleiteiam valores por plantões não pagos, adicionais de insalubridade e outras verbas. Segundo o sindicato, muitos médicos enfrentam jornadas de 12, 24 ou até 36 horas em ambientes de alto risco, sem o número adequado de colegas, o que agrava a sobrecarga de trabalho.
“O desconto na remuneração chega a níveis que desestimulam a categoria e até motivam pedidos de demissão, enquanto o governador e o secretário seguem recebendo seus vencimentos integrais”, reclama o presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici. Ele classifica os cortes como “suspeitos” e exige apuração.
As negociações com a Sesacre avançaram apenas após o movimento grevista de 2024, mas os pagamentos continuam parciais, deixando créditos pendentes e sem correção monetária.