A fusão entre Progressistas e União Brasil, que será formalizada na próxima terça-feira (29), deve redesenhar o cenário político no Acre e fortalecer a atual vice-governadora Mailza Assis, aliada do governador Gladson Cameli. O novo megapartido — que nasce com 109 deputados federais e se tornará a maior bancada da Câmara — passa a ser comandado no estado pelo próprio Cameli, presidente da executiva estadual do Progressistas.
Com a criação da federação, Mailza, hoje filiada ao Progressistas, ganha mais musculatura política para se projetar como possível candidata ao governo em 2026. A movimentação enfraquece o senador Alan Rick (União Brasil), que também nutre pretensões eleitorais e já tem buscado diálogo com o MDB como alternativa para viabilizar sua candidatura fora do bloco dominado por Cameli.
O anúncio da federação foi feito em Brasília pelos presidentes do União Brasil, Antônio de Rueda, e do Progressistas, Ciro Nogueira. Rueda publicou uma foto ao lado de Ciro com a legenda “Vem novidade boa em breve!!!”, antecipando o que já circulava nos bastidores: a união das duas legendas para formar um novo polo de poder no Centrão.
Além de consolidar a maior bancada da Câmara, a federação garantirá o maior tempo de televisão e acesso à maior fatia do fundo eleitoral em 2026. Isso coloca o novo partido no centro das negociações para a próxima eleição presidencial e nos estados.
Segundo a prévia apresentada no último dia 19, a cúpula da federação terá o controle político dos três maiores colégios eleitorais do país — São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro — além de estados estratégicos como Distrito Federal, Maranhão, Paraíba, Sergipe e Tocantins.
O Progressistas ficará com o comando da nova sigla em estados como Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina. Já o União Brasil será responsável por articulações em Ceará, Goiás, Amazonas, Bahia, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte e Rondônia.