Um esquema de fraudes envolvendo descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS levou a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União a deflagrar uma grande operação nesta quarta-feira (23). A investigação aponta que cerca de R$ 6,3 bilhões foram subtraídos de beneficiários entre 2019 e 2024, por meio de cobranças associativas não autorizadas.

A Operação Sem Desconto cumpre 211 mandados de busca e apreensão, além de seis ordens de prisão temporária. A Justiça também determinou o sequestro de bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão e o afastamento de seis servidores públicos suspeitos de participação no esquema.

A força-tarefa mobiliza cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU, com ações concentradas em 13 estados — entre eles São Paulo, Minas Gerais, Amazonas e Rio Grande do Sul — e no Distrito Federal.

Segundo a PF, os investigados utilizavam documentos falsificados ou autorizações forjadas para viabilizar os descontos mensais nos benefícios do INSS. As vítimas, em sua maioria, não tinham qualquer vínculo com as entidades que se apresentavam como associações de aposentados.

Os suspeitos poderão responder por crimes como corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documentos, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

As investigações continuam, e novas medidas judiciais não estão descartadas.

Fonte: Terra