O Concurso da Educação no Acre voltou a gerar controvérsia após a aplicação da prova no último domingo (13). A nova polêmica gira em torno das questões específicas de Artes, que, segundo candidatos, ignoraram completamente a área de música — uma das quatro linguagens artísticas reconhecidas por lei.
Essa é a segunda vez que o certame enfrenta críticas. Na primeira aplicação, o concurso foi cancelado por problemas operacionais. Já nesta segunda tentativa, surgiram inicialmente boatos de que os envelopes teriam chegado aos locais de prova deslacrados, o que foi negado pela banca organizadora.
O novo episódio envolve denúncias de que apenas três linguagens artísticas foram contempladas: artes visuais, teatro e dança. Candidatos afirmaram que não houve nenhuma questão relacionada à música. Uma das participantes informou que entrou com recurso e solicitou apoio da Pró-Reitoria da Universidade Federal do Acre (Ufac) e da Associação Brasileira de Educação Musical (Abem). Ela avaliou como injusto que, após quatro anos de formação em uma graduação, os candidatos da área não tenham encontrado, na prova, conteúdos compatíveis com o que estudaram. A mesma candidata acrescentou que a legislação estabelece a necessidade de contemplar as quatro áreas, e que, caso não houvesse como elaborar uma prova específica de música, pelo menos questões proporcionais deveriam ter sido incluídas.
A Lei nº 13.278, de 2 de maio de 2016, que altera o artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9.394/1996, define o ensino de arte como componente obrigatório da educação básica, considerando suas expressões regionais. A legislação reconhece oficialmente as quatro linguagens artísticas: artes visuais, dança, música e teatro.
Além disso, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que orienta os currículos da educação básica no Brasil, também estrutura o componente Arte com base nessas quatro linguagens, tratadas como unidades temáticas obrigatórias.
A banca responsável foi procurada, mas, até o momento da publicação, não havia se manifestado. As informações são do site ContilNet