Agricultores familiares com dívidas já podem renegociar débitos e voltar a acessar crédito

A partir desta segunda-feira (24), pequenos produtores endividados têm a oportunidade de regularizar sua situação financeira e retomar o acesso ao crédito rural. Com descontos que podem chegar a 96%, o programa Desenrola Rural permite a renegociação de dívidas tanto em instituições bancárias quanto na Dívida Ativa da União.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar anunciou que os agricultores podem procurar suas instituições financeiras para verificar suas pendências e aderir ao programa. Para quem tem débitos na Dívida Ativa da União, o prazo para renegociação vai até 30 de maio. Já aqueles com dívidas relacionadas ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) têm até 31 de dezembro para se regularizar.

Com essa iniciativa, mais de 1,35 milhão de agricultores podem ser beneficiados, incluindo assentados da reforma agrária, quilombolas e comunidades tradicionais. Segundo o ministério, o objetivo é permitir que esses produtores voltem a acessar crédito e impulsionar a produção de alimentos.

Como funciona o Desenrola Rural

  • Para dívidas na Dívida Ativa da União: os interessados devem acessar o site Regularize, inserir o CPF e selecionar a opção “Consultar Dívida” para verificar as condições de pagamento.
  • Para dívidas com o Pronaf ou adquiridas junto a bancos: é necessário procurar diretamente a instituição financeira para renegociação.
  • Para dívidas de Crédito de Instalação: a regularização pode ser feita diretamente no Incra ou pela Sala da Cidadania.
  • Sindicatos, associações e entidades representativas também podem auxiliar no processo.

Quem pode se beneficiar?

O levantamento do ministério mostra que a maioria das dívidas é de baixo valor. Entre os produtores endividados, 69% possuem débitos de até R$10 mil, enquanto 47% têm dívidas não financeiras inferiores a R$1 mil, relacionadas a contas como água, luz e telefone.

O governo reforça que pequenos débitos não impedirão novos financiamentos, permitindo que mais agricultores voltem a investir na produção e no fortalecimento da agricultura familiar.

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