Alvo da segunda fase da operação Jackpot, que investiga jogos de azar no Acre, a influenciadora Damaris de Souza Nepomuceno cobrou celeridade da Justiça e do Ministério Público do Acre (MP-AC) para que se manifestem sobre seu caso. Segundo ela, o MP tinha um prazo para emitir uma posição no processo em que foi citada, mas até agora não houve resposta.
Damaris afirmou que não divulga mais apostas e que deseja apenas uma solução por parte das autoridades. “Sou empresária, contribuo para o crescimento da cidade e faço tudo certinho. Fui envolvida na operação dos jogos, mas atualmente não divulgo mais apostas. Meus bens continuam retidos e ninguém resolve nada. A Justiça determinou que o MP se manifestasse até segunda-feira, mas até agora nada foi feito”, declarou. As informações são do site ac24horas.
A empresária relatou ainda que espera a devolução de cerca de R$ 120 mil que foram bloqueados e mencionou uma cobrança do Ministério da Fazenda no valor de R$ 55 mil. “Eles precisam resolver isso. Hoje recebi uma cobrança de imposto sobre os jogos, mas como pagar se tudo está bloqueado? Meus bens, meus carros, tudo está se deteriorando ao sol e à chuva enquanto a Justiça não toma uma decisão”, desabafou.
Além de Damaris, outros investigados na operação incluem Davi de Alencar Elias, Yngredy Santos de Almeida e Gleyna Natacha Martins da Silva. Durante as investigações, a Polícia Civil cumpriu três mandados de busca e apreensão, recolhendo veículos, smartphones, notebooks e outros itens usados na atividade ilegal. Também houve o bloqueio de valores em contas bancárias dos investigados, com sequestro de até R$ 1 milhão para cada influenciador envolvido.
O advogado de Damaris, Afonso Silva, afirmou que protocolou um pedido para revogar a proibição da empresária de divulgar jogos eletrônicos, citando a Lei 14.790/23, que regulamenta as apostas esportivas. Segundo ele, há um rol no Ministério da Fazenda que permite a divulgação de plataformas credenciadas e legalizadas.
“O que buscamos é justiça. Se não há crime antecedente, não há como imputar lavagem de dinheiro”, concluiu.