Mesmo registrando 3.620 casos confirmados de dengue ao longo de 2024, o estado do Acre encerrou o ano sem mortes causadas pela doença, de acordo com o Boletim de Arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). A taxa de incidência foi de 561,2 casos para cada 100 mil habitantes, o que representa uma leve redução em relação a 2023, quando foram contabilizados 3.775 casos. Apenas três ocorrências de dengue grave foram notificadas, refletindo estabilidade no controle e manejo da doença.
Uma das principais estratégias para combater a dengue em 2024 foi a introdução da vacina Qdenga no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde fevereiro, a vacina é indicada para pessoas de 4 a 60 anos. A campanha começou priorizando crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, considerados mais vulneráveis a hospitalizações.
Apesar do esforço, apenas 29% da população acreana foi imunizada até o final do ano. O índice de cobertura vacinal é considerado baixo, especialmente em um estado que enfrenta condições climáticas favoráveis à proliferação do Aedes aegypti, como chuvas frequentes e o acúmulo de água parada.
A Sesacre alerta que o período sazonal da dengue, coincidente com as chuvas de verão, exige maior conscientização da população para eliminar criadouros do mosquito. Especialistas destacam que a adesão à vacina e medidas preventivas são essenciais para evitar um aumento nos casos em 2025.