Filha de ministro do STF assina manifesto que pede impeachment de Bolsonaro


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Ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF)
Agência Brasil

Ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF)

Uma das filhas do ministro Edson Fachin , do Supremo Tribunal Federal (STF), assinou um manifesto que pede o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), diz que ele atenta contra os demais poderes e ainda que o Brasil se tornou “um pária”.

O documento no qual consta o nome da advogada Melina Fachin é dos professores de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ela dá aulas de Direito Constitucional na instituição.

Sócio dela, Carlos Eduardo Pianovski é professor de Direito Civil e também endossou o documento. “O movimento foi organizado autonomamente pelos professores. É uma iniciativa de cidadãos que percebem os problemas que condutas do presidente têm causado, notadamente em relação à saúde pública e à democracia”, afirmou Pianovski à colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo .

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No texto, os professores afirmam que “desde que assumiu a presidência, Jair Bolsonaro vandaliza a Constituição de 1988 ao fragilizar nosso sistema democrático com ataques infundados às instituições, notadamente as de controle e investigação”.

Ainda de acordo com o manifesto, o presidente também “atenta expressa e publicamente contra o livre exercício dos demais Poderes, ataca a imprensa livre, e incentiva e apoia a perseguição a jornalistas e intelectuais que fazem um debate público e transparente sobre seu governo”.

Em relação à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), o texto segue dizendo que Bolsonaro “passou a violar, individual e institucionalmente, o direito fundamental à saúde de todas e todos os brasileiros ao estabelecer uma política de governo e de Estado organizada pelo não combate à Covid-19. Assim agindo, também prejudicou a diplomacia brasileira estratégica e comercialmente, tornando o Brasil um pária”.​

Nas últimas semanas, o presidente começou a ser alvo de críticas pela forma como o Ministério da Saúde lidou com a pandemia. A pasta é comandada pelo general Eduardo Pazuello, que é alinhado a Bolsonaro e já defendeu o “tratamento precoce” da Covid-19 com remédios sem eficácia comprovada contra a doença, entre eles a hidroxicloroquina e a ivermectina.

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