Mais uma vez, explosão em armazém de soja causa mortes

O portal Pensar Agro é voltado exclusivamente para o agronegócio, mas de vez em quanto é preciso abrir um parênteses para algumas noticias que trazem um alerta. Veja esta: uma explosão em um galpão de soja em Cariri, no sul do Tocantins, resultou na morte de dois trabalhadores e deixou outro ferido na madrugada desta segunda-feira (18.11). O acidente ocorreu por volta da 1h, em uma planta de processamento de grãos pertencente à empresa Fazendão Agronegócio, localizada às margens da BR-153.

A estrutura do galpão foi parcialmente destruída pela explosão, que também provocou um princípio de incêndio. O Corpo de Bombeiros identificou a gravidade da situação ao encontrar maquinários danificados e resíduos de soja em chamas, embora o fogo tenha sido rapidamente controlado. O resgate, que durou cerca de quatro horas, foi dificultado pelo colapso de parte do telhado e das paredes.

Entre as vítimas fatais estão Wanderson Koolonan Ferreira do Carmo Karajá, de 26 anos, encontrado sem vida no local, e Romilson Santos Milhomem, de 27 anos, que faleceu após ser encaminhado ao Hospital Regional de Gurupi. Um terceiro funcionário, que sobreviveu ao acidente, permanece hospitalizado em estado grave.

A Fazendão Agronegócio anunciou a suspensão temporária das operações no galpão de Cariri para respeitar as vítimas e permitir a investigação das causas do acidente. Em nota, a empresa garantiu suporte integral às famílias e reforçou o compromisso com a segurança em suas unidades. As operações em outras plantas, localizadas em Porto Nacional e Luzimangues, seguem funcionando normalmente.

O acidente levanta novamente (clique aqui e veja este outro caso que publicamos em julho de 2023) a discussão sobre os riscos associados ao armazenamento de grãos. E não é preciso que sejam armazéns que operem sob condições inadequadas ou sem manutenção regular, não. O acúmulo de poeira de grãos, aliado a altas temperaturas e faíscas de maquinário, pode criar um ambiente altamente inflamável, aumentando o risco de explosões.

Fonte: Pensar Agro

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