O Acre vivencia um preocupante aumento no número de queimadas em 2024. De acordo com dados do BDQueimadas, plataforma do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado registrou 4.066 focos de incêndio entre 1º de janeiro e 10 de setembro, representando um crescimento de 47% em comparação ao mesmo período de 2023.

Em 2023, o Acre registrou 2.752 focos de incêndio, sendo Feijó novamente o município mais afetado, com 705 ocorrências. A comparação entre os dois anos revela um aumento significativo nas queimadas em diversas cidades do estado, evidenciando a gravidade da situação.

A cidade de Feijó lidera o ranking estadual em número de focos de incêndio, com 1.034 registros desde o início do ano. Em seguida, aparecem Tarauacá (686), Cruzeiro do Sul (474), Manoel Urbano (330) e Rio Branco, a capital, com 265 focos. A concentração de queimadas em Feijó indica a necessidade de ações específicas para combater os incêndios e prevenir novos focos na região.

A intensa atividade de queimadas no Acre tem gerado diversas consequências negativas para a saúde da população e para o meio ambiente. A fumaça proveniente dos incêndios tem causado problemas respiratórios e irritação nos olhos, além de reduzir a visibilidade e afetar a qualidade do ar.

Os incêndios florestais também contribuem para a destruição da biodiversidade, emissão de gases do efeito estufa e alterações climáticas. A perda de vegetação nativa compromete a capacidade de absorção de carbono pela floresta, agravando o problema das mudanças climáticas.

Mas o Acre não está isolado no cenário nacional. Onze estados brasileiros e o Distrito Federal registraram mais que o dobro de focos de queimadas em 2024, em comparação ao mesmo período do ano anterior. A seca prolongada, aliada a práticas agrícolas inadequadas e à ação de criminosos que provocam incêndios, são alguns dos fatores que contribuem para o agravamento da situação.