Dados divulgados na quarta-feira (7) pelo sistema Deter-B do INPE revelam que o desmatamento na Amazônia teve uma queda histórica de 45,7% no período de agosto de 2023 a julho de 2024, a maior redução percentual já registrada para este intervalo.
Ao longo dos últimos 12 meses, cinco dos nove estados que compõem a Amazônia Legal registraram diminuições significativas: Rondônia (-63%), Amazonas (-58%), Acre (-54%), Mato Grosso (-52%) e Pará (-47,7%). A área total sob alertas, que soma 4.314,76 km², é a menor desde o início da série histórica em 2016. Em contraste, no Cerrado, houve um aumento de 9% na área desmatada, totalizando 7.015 km².
Os dados do Deter servem como um indicativo da tendência anual de desmatamento, que é medida de agosto a julho por outro sistema do INPE, o Prodes. Este último utiliza imagens de satélite mais precisas do que aquelas empregadas pelo Deter, que emite alertas diários para auxiliar a fiscalização realizada pelo Ibama e ICMBio.
Nos 70 municípios prioritários para o combate ao desmatamento, a área sob alertas diminuiu 53% no mesmo período. Esses municípios são responsáveis por mais da metade do desmatamento na Amazônia. Dentre eles, 48 aderiram ao programa União com Municípios, lançado pelo governo federal, que prevê repasses de R$ 785 milhões para ações ambientais, condicionados à redução do desmatamento.
Esse resultado positivo segue o lançamento, em junho de 2023, do novo Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm).