O presidente dos Estados Unidos , Joe Biden , usou suas redes sociais, neste domingo (21), para informar que não se candidatará à reeleição – a votação acontece em 5 de novembro. A desistência ocorre após uma forte pressão do Partido Democrata , de eleitores e até de parte da imprensa norte-americana por sua desistência.
Em carta divulgada nas redes sociais, Biden admitiu que pressão do partido pesou na sua escolha. Leia o texto completo ao final da matéria . “Foi a maior honra da minha vida servir como seu Presidente. E, embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que seja do interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente no cumprimento de minhas obrigações como presidente pelo restante do meu mandato”, disse.
— Joe Biden (@JoeBiden) July 21, 2024
Biden ainda informou que fará um discurso para toda a nação ao decorrer desta semana. Apesar da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, ser a favorita para assumir a candidatura republicana, nenhum nome foi oficializado no comunicado do presidente.
“Por enquanto, gostaria de expressar minha profunda gratidão a todos os que trabalharam arduamente para que eu fosse reeleito. Quero agradecer à vice-presidente Kamala Harris por ser uma parceria extraordinária em todo esse trabalho. E permitam-me expressar minha sincera gratidão ao povo americano pela fé e confiança que depositaram em mim”, escreveu Biden.
Pressão
A pressão aumentou após o péssimo desempenho de Biden no debate com seu adversário Donald Trump, do Partido Republicano, na emissora CNN, no final de junho. Na ocasião, o atual presidente de 81 anos cometeu diversos deslizes e gerou maior preocupação no Partido Democrata sobre sua acuidade mental.
Após o debate, congressistas democratas começaram a se posicionar publicamente pela saída de Biden do pleito. O coro ganhou maior adesão com o aumento das gafes cometidas pelo presidente em entrevistas e comícios – ele chegou a trocar o nome do presidente da Ucrânia com o da Rússia, por exemplo.
Além disso, grandes veículos de comunicação dos EUA, como o New York Times, também se posicionaram a favor da retirada da candidatura. Ao mesmo tempo, o nome de Kamala Harris passou a ganhar mais adesão dentro do partido e entre os eleitores .
Leia a carta completa abaixo:
“Caros amigos americanos,
Nos últimos três anos e meio, fizemos um grande progresso como nação.
Hoje, os EUA têm a economia mais forte do mundo. Fizemos investimentos históricos na reconstrução de nossa nação, na redução dos custos de medicamentos prescritos para idosos e na expansão do atendimento médico acessível ao número recorde de americanos. Fornecemos cuidados extremamente necessário à 1 milhão de veteranos expostos às substâncias tóxicas. Aprovamos a primeira lei de segurança de armas em 30 anos.
Nomeamos a primeira mulher afro-americana para a Suprema Corte. E a aprovamos a legislação climática mais significativa na história do mundo. Os EUA nunca estiveram tão bem posicionados para liderar como estamos hoje.
Sei que nada disso poderia ter sido feito sem vocês, o povo americano. Juntos, superamos uma pandemia que só existia uma vez no século e a pior crise econômica desde a Grande Depressão. Protegemos e preservamos nossa democracia. E revitalizamos e fortalecemos nossas alianças em todo mundo.
Foi a maior honra da minha vida servir como seu Presidente. E, embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que seja do interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente no cumprimento de minhas obrigações como presidente pelo restante do meu mandato.
Falarei com a Nação ao longo desta semana com mais detalhes sobre minha decisão.
Por enquanto, gostaria de expressar minha profunda gratidão a todos os que trabalharam arduamente para que eu fosse reeleito. Quero agradecer à vice-presidente Kamala Harris por ser uma parceria extraordinária em todo esse trabalho. E permitam-me expressar minha sincera gratidão ao povo americano pela fé e confiança que depositaram em mim.
Acredito hoje no que sempre acreditei: que não há nada que os EUA não possam fazer – quando fazemos isso juntos. Só precisamos nos lembrar de que somos os Estados Unidos da América.”
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Fonte: Internacional