Ao contrário de Gladson, Bocalom não nomeia petistas; ‘nem vai’, diz apoiador

Sem DNA vermelho

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), anunciou nesta sexta-feira (1º de janeiro de 2021) os primeiros 15 nomes para compor seu staff na prefeitura. Nenhum deles com DNA petista.

Polêmica à parte

A nomeação de Valmir Alexandre Médici, tio do ex-prefeito petista Marcus Alexandre (que assumirá a Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbana) é tratada como mera coincidência. Bocalom afirma que Valmir sempre o apoio.   

Promessa vã

Gladson, ao contrário, encheu a administração pública estadual de companheiros e camaradas. Apesar de ter prometido em campanha que limparia do governo as digitais dos antecessores.   

Gladson Cameli/Foto: reprodução

Promessa vã II

A propósito, apoiador de Cameli cobrava, em grupo do aplicativo WhatsApp, uma devassa nas contas dos governantes do PT. No afã de defender Gladson da ironia do deputado Daniel Zen, o dito-cujo esquecera que o atual governador nos prometera justamente isso. E não cumpriu.

Lupa

Bocalom não tem afinidade alguma com a turma da esquerda. E está ciente de que se deixar passar um único nome ligado ao PT para preencher cargo na prefeitura, sua reputação ficará abalada perante a opinião pública.

Azar o dele

Já o governador não titubeou em abrir a porteira àqueles que, na campanha de 2018, o chamavam de bêbado e drogado – entre outros adjetivos torpes e impublicáveis. Só quero ver se na eleição de 2020 a turma do encarnado vai sair às ruas pra pedir voto pra ele.

Adeus ano velho

O ano de 2020 terminou mal para Sua Excelência. Derrotado na capital, Gladson tende a juntar os cacos a partir do Juruá, onde o aliado Zequinha Lima (PP) venceu a eleição para a prefeitura de Cruzeiro do Sul.

Prefeito Zequinha Lima/Foto: reprodução

Tô fora!

Tanto que não deu as caras no evento de posse de Bocalom. Foi prestigiar Zequinha em sua terra natal. Afinal de contas, é sempre melhor comemorar uma vitória menor que chorar uma derrota maior, não é mesmo?

Leão velho também morde

Ocorre, porém, que em Cruzeiro do Sul Gladson se indispôs com o ex-prefeito Vagner Sales. O Leão do Juruá está enfraquecido – mas ainda morde.  

Rasteiro

Gladson, por sinal, não traiu apenas o PP de Bocalom e Mailza Gomes ao se aliar a Socorro Neri. No Alto Acre, a rasteira foi no MDB do deputado Flaviano Melo. Às escondidas, o governador tratou de anabolizar a candidatura à reeleição da prefeita de Brasileia, Fernanda Hassem (PT). Lá, pelo menos, deu certo.   

Destrambelhado

Outra bola fora de Cameli em 2020 foi sua tentativa de abocanhar o PSDB da deputada federal Mara Rocha. E por isso continua sem partido, a anunciar pela imprensa que estaria de volta ao PP.

Fraco como caldo de piaba

Mas a permanência de Mara no ninho tucano acaba por enfraquecer o irmão dela no PSL. Afinal, o Major Rocha prometeu levar a deputada quando se mudou para a legenda capitaneada por Luciano Bivar.    

Palavra empenhada

Ainda sobre as nomeações feitas por Bocalom, Valtim José, fiel escudeiro do novo prefeito, havia garantido que ele não nomeará petista para cargo algum.

Valtim José/Foto: arquivo pessoal

Perguntem ao eleitor

Já posso ler os comentários em resposta às afirmativas desta coluna, nos quais alguns haverão de perguntar: e qual o problema em nomear os companheiros, desde que preparados para os cargos? A minha resposta é: perguntem aos eleitores!

Receio

Se houve alguma surpresa com a nomeação de Frank Lima para a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), dela não compartilhou este colunista. A informação me chegou antecipada pelo jornalista Salomão Matos, dias atrás.

Haja fake news!

Aliás, em novembro de 2020 houve site que tentou nos convencer sobre as nomeações do prefeito Bocalom deu com os burros n’água em suas previsões.   

Critérios políticos

O ano de 2021 começa com muitos desafios para o governador Cameli, entre os quais o de dispensar 300 comissionados do governo. Até agora ninguém disse quais os critérios que nortearão as dispensas. E nem precisa, né?

Me engana, que eu gosto!

O deputado estadual Fagner Calegário ‘debulhou lágrimas’ quando do anúncio dos cortes, durante a votação da reforma administrativa na Aleac. Logo ele, que não se importou em cortar do gabinete pessoas que foram fundamentais à sua eleição?     

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