De acordo com uma análise realizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), entre 2013 e 2022, cerca de 68.709 residências no Acre foram danificadas e destruídas devido a fenômenos climáticos, como as alagações. Nesse mesmo período, mais de 120 mil pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas em decorrência das enchentes.
A análise abrangeu os 5.568 municípios do país, dos quais 5.199 registraram algum tipo de desastre ao longo de 10 anos. O número total de moradias afetadas ou destruídas por eventos climáticos ultrapassou os 2 milhões, resultando em um prejuízo estimado em R$ 26 bilhões.
O relatório da CNM ressalta que atualmente 1.580 municípios são considerados prioritários para ações de Defesa Civil, Planejamento Urbano e Habitação, por estarem incluídos no Cadastro Nacional de Municípios com áreas propensas a deslizamentos de grande impacto, inundações abruptas ou processos geológicos e hidrológicos relacionados. Dessas localidades listadas no Cadastro Nacional, 70% possuem plano diretor, embora apenas uma parte desses planos contenha ações de prevenção detalhadas.
Em 2024, o estado do Acre decretou estado de emergência em 17 dos 22 municípios devido às enchentes dos principais rios, incluindo o Acre, Tarauacá, Iaco, Purus, Juruá e Jordão.