Após a fuga de dois presos do Acre no presídio de segurança máxima de Mossoró, órgãos federais e estaduais do Rio Grande do Norte têm intensificado suas ações em busca dos fugitivos. No entanto, até o momento, não há indícios do paradeiro dos homens, conforme afirmou o Secretário de Segurança Pública do estado.
“Não há rastro até agora. Foram realizadas várias diligências, incluindo o uso de helicópteros, distribuição de fotos dos fugitivos e montagem de barreiras nas estradas”, declarou o secretário coronel Francisco Araújo.
Os fugitivos são identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, ambos com histórico criminoso extenso e vinculados ao Comando Vermelho. Eles estavam na Penitenciária Federal de Mossoró desde setembro de 2023, após participarem de uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, que resultou na morte de cinco detentos.
As operações de busca se estenderam mesmo durante a noite, incluindo relatos de avistamentos suspeitos. “Recebemos uma ligação por volta das 22h, em Mossoró, de pessoas que afirmaram ter visto duas pessoas saindo de uma área de vegetação. O delegado estava pronto para realizar uma diligência com a PM, mas não houve correlação”, explicou.
O governo avaliará ao longo do dia se o helicóptero Potiguar 2 continuará em Mossoró ou retornará para Natal.
Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre a quantidade de agentes envolvidos nas operações no Rio Grande do Norte, mas estima-se que pelo menos 100 agentes federais estejam participando. Estados vizinhos como Paraíba e Ceará também reforçaram o patrulhamento nas divisas.
O secretário de Segurança do RN ressaltou a complexidade do ambiente de segurança da penitenciária federal de Mossoró, onde os presos estavam alojados. “Estive lá. É extremamente difícil entrar no local. Imagine sair. É um labirinto para entrar. Ninguém sabe realmente o que aconteceu”, afirmou.
Essa fuga marca a primeira vez na história do sistema penitenciário federal brasileiro, criado em 2006, que uma fuga é registrada em uma penitenciária de segurança máxima.