Mulher-monstro: O caso do menino acreano que chocou o Brasil

O Brasil foi abalado em 2019 com a notícia brutal do assassinato de Rhuan Maycon, um menino de apenas 9 anos de idade. A brutalidade cometida contra ele teve como autora a própria mãe, Rosana Auri da Silva, e a companheira dela, Kacyla Priscyla Santiago.

Este crime horrendo, ocorrido em Samambaia, no Distrito Federal, não só causou comoção nacional, mas também levantou questões cruciais sobre a proteção de crianças e a violência doméstica.

Rhuan Maycon foi vítima de uma violência indescritível. Esfaqueado e decapitado, o menino enfrentou um fim terrível nas mãos das pessoas que deveriam protegê-lo.

A tragédia de Rhuan não começou com seu assassinato. Desde a tenra idade de 4 anos, Rhuan foi retirado do convívio de seu pai e submetido a abusos e castigos violentos por parte de suas agressoras. Um ano antes de sua morte, essas mesmas pessoas realizaram uma cirurgia caseira, mutilando seus órgãos genitais, em um ato de crueldade incompreensível.

Após um longo processo judicial, as responsáveis pelo crime foram finalmente levadas à justiça. Em um julgamento realizado em novembro de 2020, tanto Rosana Auri da Silva quanto Kacyla Priscyla Santiago foram condenadas a uma pena que soma 129 anos de prisão pelos crimes de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe, tortura, lesão corporal gravíssima, ocultação de cadáver e fraude processual. O juiz destacou a frieza emocional e o comportamento calculista das rés, descrevendo o crime como friamente premeditado.

O caso foi desvendado devido a uma denúncia feita por homens que jogavam futebol nas proximidades da residência das acusadas. Eles notaram que as mulheres carregavam bagagens de forma suspeita durante a noite. Após observarem a movimentação, um dos homens desceu para verificar o que estava acontecendo e abriu uma das malas, de onde a cabeça de Rhuan caiu, levando-os a acionar imediatamente a polícia. A fumaça proveniente da tentativa de carbonização do corpo também chamou a atenção dos vizinhos, que relataram o ocorrido às autoridades. Essa denúncia levou à descoberta do crime e à subsequente prisão e condenação das acusadas.

A sentença trouxe algum alívio para a família de Rhuan, especialmente para seu pai, Maycon Douglas Lima de Castro, que expressou sua profunda consternação diante dos acontecimentos e considerou a pena imposta como insuficiente diante da magnitude do crime.

Rosana Auri da Silva Cândido, foi condenada a 65 anos de prisão pelo assassinato do filho, enquanto sua companheira, Kacyla Priscyla Santiago, recebeu a pena de 64 anos de reclusão.

Amaro Alves foi repórter de polícia até se aposentar, em 2009; vive atualmente em Belém (PA), de onde escreve com exclusividade para oacreagora.com

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