Adimar Jesus da Silva: o pedreiro assassino que chocou o Brasil

Adimar Jesus da Silva foi um estuprador e serial killer brasileiro que ganhou notoriedade após assassinar seis ou sete adolescentes na cidade de Luziânia, Goiás, entre 30 de dezembro de 2009 e 22 de janeiro de 2010. Ele cometeu suicídio na prisão, poucos dias depois de ser preso, em abril de 2010. Adimar havia cumprido pena por abuso sexual de menores e foi solto uma semana antes dos assassinatos. Tanto os investigadores como seus colegas de prisão o descreveram como uma pessoa “sem emoções”.

Segundo a polícia, Adimar atraiu suas vítimas oferecendo a elas dinheiro ou drogas. Ele confessou o assassinato de seis jovens de Luziânia (GO), e a polícia afirmou ter certeza de que ele agiu sozinho. Além disso, o assassino recebeu dinheiro de uma quadrilha de traficantes que exploram pedofilia na internet para fazer imagens de rapazes.

Adimar era pedreiro e causou comoção e indignação devido à brutalidade de seus crimes e ao impacto que causou nas famílias das vítimas. Ele afirmou à polícia que matou todos com pauladas e golpes de taco, e que as vítimas eram suas primeiras.

Com a repercussão do caso, a Câmara dos Deputados criou a CPI do Desaparecimento de Crianças e Adolescentes para acompanhar as investigações.

A história de Adimar é um triste exemplo dos danos causados por crimes violentos e levanta questões sobre a eficácia do sistema prisional e de monitoramento de agressores sexuais. Seus atos deixaram marcas indeléveis nas vidas das vítimas e de suas famílias, e sua morte na prisão encerrou um capítulo sombrio da justiça brasileira.

Houve incoerência no relato feito por ele. Em uma entrevista, por exemplo, Adimar afirmou que foi estuprado em um assalto, em 2005, por abusar de dois menores em Brasília. Ele também declarou que abusou dos menores e de dois dos adolescentes que teria matado, por ter sido vítima dessa violência.

Adimar Jesus da Silva foi solto após cumprir pena por abuso sexual de menores e, após ser preso novamente, cometeu suicídio na prisão em abril de 2010.

Durante a investigação, Adimar revelou ter assassinado os jovens de 13 a 19 anos que desapareceram do Parque Estrela Dalva, no município do Entorno do Distrito Federal, entre 30 de dezembro e 22 de janeiro.

As incoerências no relato do assassino levantam dúvidas sobre sua condição.

Amaro Alves foi repórter de polícia até se aposentar, em 2009; vive atualmente em Belém (PA), de onde escreve com exclusividade para oacreagora.com

Gostou deste artigo?

Facebook
Twitter
Linkedin
WhatsApp

© COPYRIGHT O ACRE AGORA.COM – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. SITE DESENVOLVIDO POR R&D – DESIGN GRÁFICO E WEB