Produtores temem calote do governo e prometem manifestação na segunda (11)  

Produtores rurais que fornecem alimentos para a merenda escolar na rede estadual de ensino temem levar calote da Secretaria de Estado de Educação. Eles alegam estar sem receber desde setembro. Os recursos têm origem nos cofres da União (fonte 200), e por isso eles não entendem o argumento de que o Estado não dispõe de recursos.

De acordo com Maurete Nogueira Gomes, presidente da Cooperativa de Agricultores Familiares, Produtores Rurais, Extrativistas e Piscicultores no Acre (Coopesq), cerca de 90 famílias integram o grupo que entrega produtos à Secretaria de Educação (SEE).

“Estaremos na porta do secretário na segunda-feira [dia 11]. Eles dizem não ter dinheiro para nos pagar, mas esse recurso vem do governo federal. Se não tem dinheiro, alguém desviou. Vamos acionar também o Ministério Público”, assegura.

O problema no atraso do pagamento por parte da SEE não é recente. Desde que a relação comercial entre as partes se estabeleceu, o órgão público tem atrasado os repasses. “Mas dessa vez passou dos limites”, garante o representante da Coopesq.

Segundo ele, alguns produtores estão doentes e precisam do dinheiro para o tratamento médico. Outros, sem reservas, não têm condições de continuar fornecendo para o Estado.

A relação das cooperativas com o governo tem sido marcada pelo descontentamento, segundo Maurete. A ponto de algumas delas terem desistido de fornecer para o Estado.

O outro lado

Em resposta à reportagem do O Acre Agora, a Secretaria de Educação admitiu, por meio de sua assessoria de imprensa, que de fato não tem dinheiro para quitar a dívida com os fornecedores da cooperativa.

“A SEE aguarda repasse de recursos para efetuar o pagamento. A previsão é antes do final do ano”, garantiu o órgão em nota.

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