O Senado brasileiro vive um momento de intensos debates e divergências a respeito da indicação do ministro da Justiça, Flavio Dino, pelo presidente Lula (PT) para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Senadores de oposição alegam preocupações com uma temida politização do tribunal, apontando a possibilidade de revanchismo por parte de Dino. Já os parlamentares da base apontam a trajetória profissional do ministro — que foi juiz federal por 12 anos e membro do Conselho Nacional de Justiça — como pontos a favor.
Dos três senadores que representam o Acre, dois já decidiram qual será a postura perante o assunto: Marcio Bittar e Alan Rick, ambos do União Brasil, já expressaram que serão contrários à indicação de Flavio Dino.
Bittar alegou por meio das redes sociais que Lula poderia ter escolhido alguém que não estivesse envolvido em disputas ideológicas e que isso representa um “desafio desnecessário ao país”. Na política, Dino foi filiado ao PT, partido de Lula, entre os anos 1987-1994, afastando-se das atividades partidárias para assumir como juiz federal da 1ª Região, em Brasília; em 2006 se filiou ao PCdoB, onde venceu suas primeiras eleições. Além de ministro, atualmente Dino também é senador afastado.
Já Alan Rick, também criticou Lula pela indicação de um aliado político e “ativista de bandeiras de esquerda”.
Enquanto isso, o senador Sérgio Petecão ainda não deu sinais de sua posição, devendo decidir juntamente ao PSD, seu partido, qual será a postura adotada. A sabatina ocorrerá no dia 13 de dezembro. Porém, segundo o jornal O Globo, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, teria garantido que os 15 senadores da legenda votariam favoráveis à indicação de Flavio Dino.
O relator da indicação no Senado, Weverton Rocha (PDT-MA) projetou que Dino deve receber pelo menos 50 votos favoráveis à indicação. Para ser aprovado, ele precisa receber pelo menos 41 de um total de 81 votos.