Descaso: servidores penitenciários não recebem pagamento do Prêmio Anual

Cerca de mil servidores públicos estaduais e suas famílias enfrentam dificuldades financeiras devido à falta de pagamento do Prêmio Anual da Valorização da Atividade Penitenciária referente ao ano de 2017. Essa situação contradiz a promessa feita pela gestão Gladson Cameli, que amplamente divulgou o compromisso de efetuar o pagamento.

Desvalorização e Condições de Trabalho Precárias

Diversas pessoas próximas ao governador propagam a ilusão de que os servidores penitenciários estão entre as categorias mais beneficiadas pela atual administração. Elas alegam que esses servidores receberam armas e viaturas, porém omitem que enfrentam as piores condições de trabalho e possuem a menor remuneração quando comparados a outros órgãos de segurança pública.

É importante ressaltar que, há cerca de seis anos, os agentes penitenciários tinham uma remuneração bruta similar à de um agente da Polícia Civil. No entanto, atualmente, um policial penal em classe especial recebe significativamente menos do que um policial civil em estágio probatório.

Essa disparidade salarial é alarmante e reflete uma falta de valorização dos servidores penitenciários, que exercem uma atividade essencial para a segurança pública. Além de lidarem com condições de trabalho precárias, esses profissionais enfrentam desafios diários no sistema prisional, colocando suas vidas em risco para garantir a segurança da sociedade.

O Prêmio Anual da Valorização da Atividade Penitenciária

O Prêmio Anual da Valorização da Atividade Penitenciária é uma importante forma de reconhecimento e incentivo aos servidores penitenciários. Ele representa não apenas um valor financeiro, mas também um símbolo de valorização e respeito pela dedicação desses profissionais.

No entanto, a falta de pagamento desse prêmio referente ao ano de 2017 compromete gravemente a confiança dos servidores na gestão atual. A promessa amplamente divulgada pelo governador Gladson Cameli cria expectativas nos servidores e suas famílias, que contavam com esse recurso para suprir suas necessidades básicas.

Impacto na Qualidade de Vida dos Servidores e suas Famílias

A falta de pagamento do Prêmio Anual da Valorização da Atividade Penitenciária agrava ainda mais a situação desses servidores e suas famílias. Muitos deles contavam com esse valor para arcar com despesas essenciais, como alimentação, moradia e educação dos filhos.

A incerteza e a insegurança financeira geradas por essa falta de pagamento afetam diretamente a qualidade de vida dos servidores penitenciários. Além disso, o não cumprimento dessa promessa pode gerar desmotivação e frustração, comprometendo a eficiência do sistema penitenciário como um todo.

Responsabilidade do Governo e Medidas Necessárias

É imprescindível que o governo estadual assuma a responsabilidade pelo não pagamento do prêmio e tome medidas urgentes para solucionar essa questão. Os servidores penitenciários merecem ser valorizados e ter suas demandas atendidas, seja em relação à remuneração adequada, melhores condições de trabalho ou garantia de seus direitos trabalhistas.

Além disso, é fundamental que sejam estabelecidos mecanismos efetivos de diálogo e negociação entre o governo e os representantes dos servidores penitenciários. Somente através do diálogo construtivo e da busca por soluções conjuntas será possível encontrar uma saída para essa situação preocupante.

A Importância do Reconhecimento Social

A sociedade também desempenha um papel fundamental nesse contexto. É importante que a população se conscientize sobre a importância do trabalho realizado pelos servidores penitenciários e apoie suas lutas por melhores condições de trabalho e remuneração justa.

A segurança pública é uma responsabilidade coletiva e depende do comprometimento e dedicação desses profissionais. Reconhecer o trabalho dos servidores penitenciários e apoiar suas demandas é essencial para fortalecer o sistema penitenciário e garantir a segurança de toda a sociedade.

Além disso, é importante que a mídia e os veículos de comunicação também deem visibilidade a essa situação. A falta de pagamento do Prêmio Anual da Valorização da Atividade Penitenciária não pode passar despercebida e deve ser exposta, a fim de conscientizar a população sobre os desafios enfrentados pelos servidores penitenciários.

Uma remuneração justa e condições de trabalho adequadas são direitos básicos de qualquer trabalhador, e os servidores penitenciários não devem ser excluídos dessa garantia. É necessário que o governo estadual reconheça a importância desses profissionais e tome medidas imediatas para resolver essa questão pendente, efetuando o pagamento do prêmio prometido.

Conclusão

A falta de pagamento do Prêmio Anual da Valorização da Atividade Penitenciária do ano de 2017 prejudica cerca de mil servidores públicos estaduais e suas famílias, evidenciando a falta de valorização e reconhecimento da importância dos agentes penitenciários. Essa situação reflete a desvalorização da categoria, que enfrenta condições de trabalho precárias e remuneração inadequada em comparação com outros órgãos de segurança pública

É fundamental que o governo assuma sua responsabilidade e tome medidas para corrigir essa situação, garantindo a justa remuneração e melhores condições de trabalho para esses profissionais essenciais à segurança pública. Além disso, a sociedade deve se conscientizar sobre a importância do trabalho realizado pelos servidores penitenciários e apoiar suas lutas por melhores condições de trabalho e remuneração justa.

Somente com o reconhecimento e apoio adequados será possível valorizar devidamente os servidores penitenciários, que desempenham um papel crucial na manutenção da ordem e segurança nas instituições prisionais. É hora de agir e garantir que esses profissionais sejam tratados com o respeito e a valorização que merecem.

*Adriano Marques de Almeida é Comissário de Polícia Penal do Estado do Acre, Membro da Associação Internacional de Polícia – IPA, Doutorando em Ciências Jurídicas pela Faculdade do Museu Social da Argentina, Master of Business Administration – MBA em Diplomacia, Políticas Públicas e Cooperação Internacional pela Faculdade Intervale, Master of Business Administration – MBA em Administração Pública pela Faculdade Facuminas, Master of Business Administration – MBA em Gestão de Educação a Distância pela Faculdade Facuminas,  especialista em Crime Scene Ivestigation – CSI pela Faculdade Faculeste, especialista em Inteligência Policial, Direito, Segurança Pública e Organismo Policial pela Faculdade Iguaçu, especialista em Direito Penal e Processual Penal com Habilitação em Docência no Ensino Superior pela Faculdade Facuminas e Bacharel em Direito pela Uninorte

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