Dados recentes divulgados pela Sala de Situação – TerraBrasilis do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam uma realidade perturbadora: Rio Branco está entre os municípios da Amazônia que enfrentam graves problemas de desmatamento. Nos últimos 30 dias, aproximadamente 6,68 km² de vegetação foram desmatados na cidade, colocando-a em primeiro lugar nesse ranking alarmante. Em segundo lugar está Sena Madureira, com 4,43 km² desmatados.

O levantamento também demonstrou que o Acre como um todo registrou uma área total de 34,70 km² desmatada no mesmo período. É preocupante observar que 33% dessas áreas devastadas correspondem a assentamentos, totalizando 11,44 km² . Além disso, 31% estão relacionados a propriedades rurais com o Cadastro de Ambiente Rural, com um total de 10,91 km² de áreas desmatadas. Esses números destacam a diversidade de origens do desmatamento na região.

Apesar disso, há uma notícia positiva nessa situação sombria. Ao comparar os dados deste ano com o mesmo período do ano passado, foi observada uma redução significativa no número de áreas desmatadas no Acre. Em 2022, mais de 131 km² foram desmatados, indicando um progresso nas medidas de conservação e conscientização ambiental.

Além do desmatamento, o estado também enfrenta um grande desafio com os focos de queimadas. Nas últimas quatro semanas, foram registrados alarmantes 2.939 incêndios no Acre. Feijó é o município com maior número de focos de incêndio, sendo responsável por 15,5% do total, com 455 ocorrências. Tarauacá vem logo atrás, com 413 focos, seguido por Sena Madureira, com 338, e Rio Branco, com 286.

Diante dessa realidade alarmante, o Inpe ressalta a necessidade de intensificar os esforços para proteger a Amazônia e promover ações efetivas de preservação ambiental. “A conscientização da população sobre a importância da conservação e a implementação de políticas sustentáveis são passos essenciais para reverter esse quadro preocupante”, afirma o instituto.